Decisão completamente
pessoal, que depende da sua disposição e saúde, seu estado emocional, do seu
trabalho, de como vai seu relacionamento com o pai, da situação financeira, de
que como você idealiza a criação do primeiro filho, do que disse a cartomante,
enfim, do que for importante pra você.
Eu, pessoalmente,
gostaria de ter engravidado de novo depois que o Luka completou 1 ano, para que
fossem um pouco mais próximos e companheiros. Mas comecei a arrumar um monte de
desculpas. A principal, financeira. “Vamos esperar para ver se dá certo tal
coisa e podemos comprar uma casa”. Essa era a frase que eu ouvia e repetia, mas
dentro da minha cabeça, o sentido dessa frase era na verdade “se eu tiver outro
filho agora, não vou poder comprar os móveis que eu quero, decorar o quartinho
dele do jeito lindo que imagino, comprar as roupas mais fofas que vejo, e ainda
vou viver de pijama e descabelada por outros 6 meses no mínimo”. Outra questão
considerada era a de que gostaríamos de nos dedicar bastante ao nosso primeiro
filho, e tínhamos receio de que ele ficasse com muito ciúme e revoltado com uma
segunda gravidez. Na verdade, também nos arrepiava a idéia de um segundo filho
ser mais difícil de criar, ter outro temperamento. Como o Luka é tão tranquilo e
sua rotina funciona tão bem, ficamos com medo de outro filho dar trabalho
dobrado! Além disso, sempre planejei voltar a trabalhar desde que o Luka
completou 1 ano, mas não aconteceu (vou escrever sobre isso outro dia). E por último,
eu amava de paixão minha barriga de grávida, mas a idéia de não entrar nos meus
skinny jeans de novo por mais de ano não estava me seduzindo. Já estou com 32
anos, e fico imaginando que se engordar de novo talvez nunca mais volte a ser
(relativamente) magra. Ryan certamente tem outras razões pessoais (quando ir à
academia, como escapar para uma cervejinha sem causar a 3ª Guerra Mundial,
sexo?, quando trocar de carro, não posso perder mais cabelo, Xuxa de novo?, e
outras que nem imagino). De comum acordo, resolvemos esperar.
Hoje, gostaria de que
minha decisão houvesse sido diferente. Primeiro porque não voltei a trabalhar
de qualquer jeito, mas principalmente, porque o Luka precisa de uma companhia
infantil dentro de casa. Fico me sentindo culpada e triste de vê-lo brincando
sozinho, ou chamando a mãe e o pai para brincar junto o tempo todo. Eu brinco,
bastante, na verdade brincar mesmo não brinco tanto, mas fico ali, sentada
junto, fazendo uns comentários, estimulando alguns acontecimentos,
parabenizando alguma atitude, mas a triste, mais triste verdade é que eu não tenho
mais tanta imaginação para brincadeira, e me sinto impotente em relação a isso.
E para piorar, brincadeiras de menino. Enquanto ele era bebê, e tudo era novo e
fantástico, fácil, mas agora, à beira dos 3 anos, está na hora da brincadeira
passar a outro nível, e não sei se estou acompanhando! (imagina como será na
escola??) Talvez eu esteja exagerando tudo, esteja me sentindo assim porque ele
passou 2 semanas em casas sem ir à escolinha e sentindo falta dos coleguinhas, mas
mesmo quando ele vai (3 vezes por semana, pela manhã), ainda sinto que lhe faz
falta um(a) irmã(o). Desde pequeno, sempre saímos bastante de casa,
frequentamos diversos parques e centros de bebês e infantis para ele brincar e
socializar, pelo menos 1 vez por semana
marco com alguma amiga para nossos filhos brincarem junto… mas não acredito que
seja suficiente. Luka é tímido e um pouco anti-social. Quando vamos ao parque, por
exemplo, fica esperando não ter nenhuma criança no escorregador para ele
brincar. Não quer dividir o espaço ou fazer fila. Talvez depois de um pouco tempo
ele acabe se interessando por alguma outra criança e brinque junto, mas
geralmente é mamãe para cima e para baixo. Quando encontramos filhos(as) da
minhas amigas, demora uma meia-hora para ficar à vontade. Lógico que essa é a
personalidade dele, mas talvez se tivesse irmão, fosse um pouco mais confiante.
Às vezes sinto que ele passa a impressão de ser mimado e mal-educado. Mimado
pode ser, um pouco, é difícil para a mãe enxergar isso, mas mal-educado de
jeito nenhum, apenas falta auto-confiança, acredito.
Agora, o Luka completa 3
em julho, se engravidasse hoje, haveria quase 4 anos de diferença entre os 2.
Como já passou da hora mesmo, agora vou esperar até o ano que vem. Estou com
muita muita vontade de ter um bebezinho em casa de novo, mas estamos cheios de
desculpas ainda… férias de agosto, trabalho, dinheiro… o saco das desculpas só
vai aumentar, então estou comprometida a esquecer o resto do mundo, tirar o DIU
e engravidar em 2013 (se Deus quiser!).
Esses dias o Ryan me
perguntou se tenho certeza de que quero mais filhos, já que agora estamos
tranquilos, mais independentes, temos boas noites de sono, somos mais sociáveis,
etc etc. Respondi a ele que não importa isso tudo hoje, porque quando
estivermos velhinhos tudo o que vai fazer a nossa alegria será a família, a
presença de pessoas amadas ao redor, nos almoços de domingo, nos aniversarios,
no Natal (aaaah o Natal!), e para isso precisamos procriar e multiplicar!
Luka socializando...
...Luka e primo Pedro
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