terça-feira, 29 de maio de 2012

Pré-eclâmpsia em poucas palavras

Basicamente é pressão alta e acontece depois de 20 semanas de gravidez - quando for leve é monitorada e a grávida fica em observação, quando for grave é perigosa para mãe e filho, pois reduz o fluxo de sangue para a placenta e afeta o crescimento do bebê, além de poder provocar a falta de oxigênio para ele.

Se passar ao ‘estágio’ Eclâmpsia (raro), causa convulsões e coma, levando a problemas no fígado, rins e cérebro.

É identificada por inchaço no rosto, mãos, pernas e pés, e presença de proteína na urina. Se você notar o inchaço repentino (um pouco é normal, principalmente no calor) e tiver dores de cabeça e visão perturbada, procure um médico para ver a pressão.

Pressão varia de pessoa para pessoa, tem que ser comparada com a pressão normal da mãe, medida no início da gravidez, e em todos os estágios. Eu, por exemplo, tenho pressão baixa, então quando aumentou na última semana de gravidez, apesar de ser considerada um nível normal, não era normal para o meu corpo, e o parto foi induzido (também, já tinha passado da hora há 8 dias!). Tive que ficar no hospital em observação por 48 horas por causa da pressão, mas não era nada, foi apenas precaução.

Não se conhece a causa da pré-eclampsia, não se sinta culpada, mas cuidar da sua alimentação não é conselho de se ignorar! Fique atenta se uma parente próxima teve, se você está obesa ou tem problemas circulatórios.

A cura da pré-eclâmpsia é o nascimento do filho. Se o caso não for grave e o bebê ainda é bastante prematuro, a mãe é medicada para controlar a pressão e fica em observação, ganhando tempo, até o momento apropriado de realizar uma cesariana.

Aqui na Inglaterra, a idade do feto considerada viável para o nascimento é de 24 semanas. Bebês que nascem antes desse tempo são considerados abortos, e depois desse tempo são registrados como nascidos (vivos ou não). Após 24 semanas, os pulmões são ainda bastante imaturos, mas as chances de sobrevivência são maiores, apesar de haver uma grande chance de o bebê sofrer deficiências físicas e/ou mentais antes das 30 semanas. Imagino que esse seja o tempo que os médicos vão tentar segurar uma gravidez com pré-eclâmpsia.

(p.s. No Brasil, o registro deve ocorrer se o bebê passou das 20 semanas.)

Criança nua em público, pode?

Finalmente chegou o verão na Inglaterra. Semana passada, temperaturas de 27 graus na minha região provocaram uma epidemia de simpatia. O povo inglês tem fama de ser frio e sério, só pode ser devido ao cinza que toma conta do céu a maior parte do tempo. É só fazer um calor desses e todo mundo é seu melhor amigo, tudo é alegria. Realmente, é compreensível. A Inglaterra fica muito linda na primavera/verão. Muito verde, muitas flores, arquitetura invejável, ruas limpas, arzinho fresco... e o povo saltitante na rua, saindo com o cachorro para passear, levando pão aos patos nos rios e lagos, jogging, fazendo picnic, andando de bicicleta… O sol se põe lá pelas 10 da noite, quem trabalha ainda consegue aproveitar a beleza do céu azul por algumas horas, seja nas ruas ou nos pubs. Não sei se é assim porque moro ao lado do Tâmisa, ou se é assim por toda a parte, mas acredito que seja geral.

Enfim, o que eu vim contar hoje é que, como fazia tanto calor, parecia que todo mundo estava de férias, e eu e Luka aproveitamos para brincar na piscina todas as tardes, uma raridade por aqui… Luka adora brincar com água, e adora brincar pelado, impossível evitar que tire a sunga quando decide. Em um desses dias, fomos visitar uma amiga inglesa que tem 2 filhas pequenas, e na verdade foi a menina dela a primeira a tirar o maiô, dando a idéia para o Luka. Eu não me importei porque sabia que minha amiga também não se importava, e eles ficaram felizes brincando por horas, super inocentes, livres e puros, sem jamais questionar sobre partes do corpo.

No mesmo dia, em casa, vi uma discussão num site daqui da maior revista de mamãe-bebê sobre deixar os filhos brincarem pelados. A maioria das mulheres concordavam que não é boa idéia por causa do perigo de pedófilos estarem por perto e a facilidade de fazerem videos/fotos discretamente com um telefone. Algumas corajosas enfrentaram a opinião da massa e defenderam a liberdade do nú, argumentando que não podemos deixar de viver a vida por medo de maldades. Eu sou daquelas que acredita que a ocasião cria a regra. Acho que geralmente temos uma noção do ambiente em que estamos para julgar o que é ou não apropriado. No jardim de casa, onde os vizinhos enxergam tudo, para mim pode, na presença de amigos ou não (quem já veio para cá sabe como as casas são grudadinhas umas nas outras e na maioria se enxerga tudo). Nunca fui na praia com o Luka que estivesse calor pra usar biquini/sunga, mas acredito que se fosse uma praia bem cheia eu acharia incoveniente, e se fosse mais privada, tipo praia de condominio ou hotel, talvez eu deixaria. Piscina do prédio? Não sei, mas depende o prédio, depende dos vizinhos e de quem está na volta. E de novo, insisto, o que é bom para mim pode não ser bom para você. Outro detalhe é que tenho um menino, talvez com uma menina eu seria um pouco mais preocupada em preservar a intimidade dela. (Minha sobrinha tem quase 2 anos e odeia roupa, onde chega começa a tirar, impossível usar a razão, a chantagem ou o castigo com ela, que não entende, injusto julgar a pobre da mãe que não consegue manter a menina vestida!) 

Na casa da minha amiga, fiquei muito à vontade. Inclusive, o marido dela é policial (que poderia ser um pouco mais restritivo), estava junto e não se importou. Todos nós concordamos que é mais saudável deixar a criança se sentir livre e solta do que começar a criar um monte de dúvidas na sua cabeça sobre sua sexualidade - cedo demais, e pior, fazer com que se sinta envergonhada de seu corpo. Até (atirem as pedras!!) tirei fotos, das quais tenho certeza de que as crianças vão sentir vergonha quando crescerem! Não vou revelar nem mostrar para estranhos, muito menos publicar na internet, será apenas um registro para a história do meu filho.

(Por falar nisso, acabo de lembrar, aqui na Inglaterra, se você revelar fotos de crianças nuas, a loja onde você fez o serviço tem a obrigação de contar para policia, se não me engano pegam o seu nome, endereço, etc para registro.)

A propósito, pelado ou não, cheio de protetor solar!


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Enfrentando o medo: viagem de avião

Já estive 3 vezes no Brasil desde que o Luka nasceu. Aos seus 4 meses, 1 ano e meio, e 2 anos e meio. A cada ano entro em pânico quando chega a hora de viajar. Tenho muito, muito, mas muito medo de que alguma coisa possa acontecer. Mais objetivamente, tenho medo de o avião cair! Sei que é um medo bobo, que viajar de carro é mais perigoso e com mais chances de sofrer acidentes (aham, também tenho medo de viajar de carro no Brasil, aqui na Inglaterra não me importo), mas não consigo controlar esse pavor sobre a idéia de estar sozinha no avião com meu pequeno ser, totalmente dependente e alheio aos perigos de viver. Fico imaginando o que faria se caíssemos no oceano gelaaaaado e eu não conseguisse salvá-lo. Antes de ser mãe, nunca tive problemas para viajar, nunca senti tantas preocupações! Horrível, odeio esses pensamentos que me perseguem!

Dizem que é normal mãe ficar enxergando perigo em tudo… instinto protetor… e na verdade acredito que um pouco de medo é bom, porque nos mantém em estado de alerta. Talvez medo não seja a melhor palavra, talvez seja responsabilidade. Mas responsabilidade sobre a vida do seu filho dá medo, pode ser? Talvez seja simplesmente amor. Esse amor de mãe, que não sei explicar, não encontro comparação ou palavras à altura. Amor de pai deve ser igual, imagino. Lembro quando o Luka era bebezinho e estávamos no estacionamento de um parque, Luka na cadeirinha de bebê daquelas que você tira do carro e encaixa no carrinho pra passear. Ryan colocou a cadeirinha no chão ao lado dele, atrás do carro, enquanto colocava o carrinho no porta-malas, e, quando foi pegar o Luka, disse: “imagina se eu esqueço que estou com o Luka e entro no carro e dou a ré em cima da cadeirinha?”. Essa cara de choque que você está fazendo, foi a minha, 100 vezes pior. Ryan estava até com vergonha do que ele tinha acabado de falar, por ter um pensamento tão horrível! Passado meu choque, senti simpatia pela preocupação dele, e entendi que éramos cúmplices na responsabilidade, e que ele deve entender meus medos.

Voltando ao avião, o medo que sinto é sempre antes, e não durante. No vôo, nem penso muito nisso e me sinto segura. A preocupação ali é se o Luka vai chorar, se vai dormir, se vai comer. Odeio criança chorando em avião, se for a minha, pior ainda! Vale lembrar que o tempo de Londres a São Paulo é de aproximadamente 11 horas! O curioso também é que não tenho medo em vôos nacionais, acho que meu problema é mesmo com a água!

Na primeira vez que o Luka foi ao Brasil, eu estava sozinha. Fiz um preparo psicológico muito grande para enfrentar o vôo, e fui tranquila. Primeiro, chequei todos os procedimentos de primeiros socorros e os de casos de emergência no avião. Depois, pensei no que fazer com o bebê. A verdade é que penso demais. Deveria pensar menos e rir mais. Ia dar menos rugas na testa! Enfim, este é o típico caso em que não adianta ficar se PRE-OCUPANDO com algo que ainda não está acontecendo.

No dia da viagem, deixei o Ryan, minha sogra e cunhada cuidarem do Luka a maior parte do dia, para eu descansar bastante. Comprei um daqueles “canguru” (Baby Bjorn, ótimo), para carregar o Luka no aeroporto e não me preocupar com carrinho, já que eu usava o Quinny, nada compacto para viajar. Foi tudo tranquilo, até no banheiro ele foi comigo! (Não vai me dizer que sou a única que tem medo de deixar o bebê sozinho no carrinho do lado de fora da porta do banheiro do aeroporto???)… Entramos no avião, troquei a fralda, brinquei um pouquinho com ele, e na hora de decolar dei leite. Sabe quando você sente pressão nos ouvidos e engole a seco para passar a agonia? Pois é, bebê não sabe se defender assim como nós, e acaba chorando horrores. O recomendado é dar o peito, ou chupeta, ou até um pirulito para o bebê chupar, assim estará fazendo o movimento de engolir constantemente, aliviando a pressão nos ouvidos. Comecei a amamentar o Luka quando o avião estava preparado para decolar, e antes mesmo de ele subir, ele já havia dormido. Não viu nada, não chorou, não acordou! Eu levei um monte de brinquedinhos na bolsa, mordedores, adesivos, livros, um espelho (bebê gosta de ficar se olhando!)… não precisei quase nada. Luka ficou dormindo naquelas cadeirinhas que são colocadas para bebês no avião. Assisti a algum filme, dormi, descansei. Ele acordou faltando umas 3 horas para pousar. Mamou, brincou com um móbile que levei para a cadeira dele enquanto eu tomava café, depois dormiu de novo. Péssima foi a chegada em SP, pleno dezembro, um calor insuportável naquele aeroporto feio e abafado, Luka fez cocô que vazou da fralda e sujou a roupa dele, e eu precisava fazer o check-in para o próximo vôo para Cuiabá – para depois enfrentar a estrada por mais umas 3 ou 4 horas – e se fosse no banheiro que era longe, não daria tempo… pobrezinho… e depois quando fui trocar, o banheiro queeeente, meio sujo, ai, ai… realmente senti e ainda sinto a diferença de sair daqui e chegar no Brasil em tudo o que envolve a palavra PÚBLICO. No vôo para Cuiabá o Luka chorou por uns 15 ou 20 minutos, choro que eu conhecia muito bem, choro de muito cansaço, eu nem entrei em pânico porque eu sabia que aquele choro ia acabar logo e ele ia dormir, o que fez pelo resto do tempo. Foi acordado pela cunhadi Paola que estava esperando no aeroporto e até trocou a fralda dele enquanto eu esperava as malas. Ajuda, santa ajuda, como é bom! Dias depois o Ryan foi ao Brasil, e voltamos juntos para casa. O retorno, apesar da companhia do marido, foi mais difícil porque o Luka chorou no começo e demorou para dormir, e nessas horas só o colo da mamãe serve… Mas depois das primeiras horas tudo foi tranquilo.

Na segunda e terceira viagem ao Brasil, fui sozinha de novo (carregando todos os meus medos pesados!), pois o Ryan estava trabalhando. A rotina foi a mesma, comer, dormir. No passado, o vôo Sp-Londres atrasou 4 horas, e quanto mais cansado o Luka ficava, mais querido... inacreditável! Nesta última viagem, que foi no mês passado, quando o avião decolava eu disse “Luka, olha na janela, vamos subir para o céu”. Ele olhou para a janela e os olhos piscavam, pesados. Dormiu em 10 segundos, acordou faltando 50 minutos para pousar em SP. Abençoado, esse meu filho! O que eu aprendi, nessas 3 viagens, é que não adianta levar um monte de coisas para entreter a criança. Leve o mínimo, ainda mais se você tem que carregar tudo. Leve um brinquedo favorito e umas revistinhas, giz de cera, adesivos, um dvd portátil se seu filho assiste xuxa/patatipatatá... Quanto mais novo for o bebê, mais fácil, pois ele não sabe mesmo onde está, para ele tanto faz, e ainda não sabe perguntar se falta muito ou se já pode descer!

Agora fico imaginando como vou fazer se tiver outro filho.. fora o preço das passagens, as preocupações, malas e cansaço em dobro… é o preço de morar longe de casa… Quanto aos meus medos, tendem a piorar, me parece. Ainda bem que já saltei de pára-quedas, fiz bungee jump, e outras aventuras de menor risco, porque hoje até roda-gigante me parece insegura! Não é o medo de me machucar, é o medo de ficar sem meu filho, ou do meu filho ficar sem mãe.


Luka no avião indo ao Brasil, abril/12.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Participando da vida escolar

Neste sábado vai acontecer uma feira na escolinha do Luka. Cada criança levou para casa uma jarra de vidro vazia para os pais decorarem, encherem de binquedinhos e docinhos, e devolverem (vão ser usadas como premiação). Eu havia esquecido totalmente e o prazo para entregar é amanhã…! Não sabia o que fazer, já que não tenho material para arte em vidro em casa. Por sorte, tenho um marido que pensa rápido e sugeriu que eu utilizasse esmalte.

Pensei numa figura de desenho animado que seja popular entre meninos e meninas, peguei um dvd do Luka, e copiei as carinhas que você vai ver na foto abaixo! Ficou uma gracinha, Luka adorou e meu marido está impressionado! Ryan disse que as professoras vão pensar que eu comprei a jarra numa loja da Disney!



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Como conseguir do seu filho o que você quiser (quase sempre)!

Depois que começou a falar pelos cotovelos, meu filho passou por uma fase de querer ser dono do seu nariz, independente, contestador. E para piorar, começou a bater em todas as crianças que o ‘ameaçavam’.

Para disciplinar, primeiro introduzi o castigo, exatamente ao estilo da Super Babá (primeira mal-criação falar que não pode, segunda dar aviso do castigo, terceira castigo). Mas o Luka adorava ficar de castigo! Fazia de propósito, procurava alguém para bater ou batia em mim, só para chamar atenção e ir de castigo!

Foi quando mudei de tática. Claro que ainda uso o castigo, e hoje ele não acha mais graça, ufa!, mas resolvi destacar as atitudes positivas dele ao invés das negativas. Quando ele já estava crescido o suficiente para entender, lá por 1 ano e meio, introduzi a tabela de estrelas.

A tabela é um cartaz colado no quarto dele com linhas de quadrados em branco, onde colocamos uma estrela a cada vez que ele merece (comprei pronta, mas você pode desenhar uma em casa, inclusive pode convidar seu filho para fazer junto, colar uns adesivos ao redor, enfim, envolvê-lo na atividade desde o começo). Quando chega a 10 estrelas, ganha um brinquedinho ou algo especial.

As primeiras 2 vezes eu fui dando estrelas bem rápido, umas 10 em 2 dias, por qualquer motivo que eu inventava, só para ele ganhar o brinquedo e entender como funcionava a tabela.

Depois que ficou claro como valia a pena fazer tudo do jeitinho que fazia a mamãe feliz, expliquei a nova regra: basicamente, só ganhava estrela quando comia toda ou quase toda a comida nas refeições, quando brincava civilizadamente com outras crianças, quando ajudava a arrumar a bagunça dos brinquedos, quando se comportava nas saídas a lojas, supermercados e restaurantes, e quando não chorava para lavar o cabelo.

À medida que novos obstáculos surgiram, entravam na lista. Por exemplo, Luka começou a ir na escolinha. Primeiro dia amou, mas depois se deu conta que ficava sozinho e começou a chorar (depois conto esse capítulo em outra postagem). Quando não chorava, ganhava estrela. Depois que se acostumou no ambiente novo e já ia sem reclamar, parei de dar estrela por esse motivo.

Depois foi o pinico. Quando começou a usar, eu dava estrela a cada vez. Assim que se tornou hábito e não usava mais fralda, parei de dar estrelas também.

Algumas vezes ganhava estrelas por situações especiais, como aprender alguma coisa nova, vestir uma peça de roupa sozinho… 10 estrelas poderiam ser conquistadas em 2 ou 3 dias, ou em 7 ou 10 - às vezes ele estava tão habituado ao comportamento correto, que nem perguntava pelas estrelas e eu nem colocava. Com o tempo, paramos de usar a tabela. Agora que ele entende que existe consequência para suas ações, já sou mais objetiva: se não comer, não vai brincar com os carros, se chorar no banho, não vai ter história na cama, etc.

A tabela das estrelas é muito útil no começo porque a criança não entende a relação entre a comida e o carro, o banho e a história. Se eu fizesse ameaças, Luka não se importava, provavelmente porque não entendia. Com a tabela, disciplinar ficou muito mais fácil para mim, e ele também ficou feliz por ter seu bom comportamento reconhecido. E ainda, aprendeu a ter paciência ao esperar pelas 10 estrelas.

Cada criança tem uma atitude para ser trabalhada, ou um obstáculo a superar, você é quem sabe quais são as conquistas do seu filho que importam para incluir nessa ‘brincadeira’.

Outras maneiras de usar a técnica é fazer uma tabela das tarefas/atitudes esperadas na semana, e quando a criança completar a maioria delas, dar um brinquedinho no sábado. Para mim uma semana parece longa e dá muitas chances para um comportamento sair errado e seu filho não ganhar o presente, o que vai causar frustração e pode piorar a atitude - ou você acaba dando o presente sem ele merecer e tudo perde o sentido pra você e para ele. Também dá para instituir um prêmio diario: se tudo saiu de acordo com o esperado, no final do dia você pode dar um chocolate, uma revistinha, uns adesivos, um joguinho, ou melhor, sem gastar dinheiro, uma atividade, por exemplo, fazer uma pintura bem bagunçada, assistir a um dvd especial, enfim, algo que seu filho goste e veja realmente como um prêmio. O pai pode ser envolvido nessa rotina, ele pode trazer algo para casa quando terminar o trabalho se a criança tiver se comportado durante o dia, é legal para os dois.
 

Dicas: mostre onde a estrela deve ser colocada e deixe a criança colar, ela vai se sentir mais orgulhosa. Repite o motivo por ela estar ganhando a estrela, e parabenize o feito.
Se seu filho fizer algo muito errado, como bater em outra criança, tire uma estrela e explique o motivo.
Coloque a tabela em um local onde seu filho não consegue tocar, porque ele vai achar o máximo colocar um monte de estrelas sozinho se você se distrair!



domingo, 20 de maio de 2012

Papinhas favoritas: Frango com batata-doce e maçã

(4 porções)

15gr de manteiga
40gr de cebola picada
100gr de peito de frango picado
½ maçã descascada e picada
1 batata-doce (aprox 300gr) descascada e picada
200ml de caldo de frango

Derreta a manteiga numa panela, adicione a cebola e cozinhe em fogo baixo por 2 a 3 minutos. Acrescente o frango e cozinhe até ficar opaco. Adicione a maçã, batata-doce e caldo. Deixe ferver, abaixe o fogo e cozinhe por 15 minutos. Bata no liquidificador até adquirir a consistência desejada para seu bebê.

Se seu filho já come pedaços de comida, não precisa bater, e você pode comer junto. Criança adora companhia nas refeições, e gosta de ver que a mamãe tem a mesma comida no seu prato.

sábado, 19 de maio de 2012

Pai de primeira viagem: o que não aprendi em livro algum

Antes do Luka nascer, passei uns 7 meses devorando informações sobre a gravidez e como cuidar de um bebê. Livros, revistas, web, tv, tudo servia e ajudava. Ficava triste que meu marido não se interessava muito, nem encostava muito na barriga, não parecia interessado nos movimentos do bebê. A maior participação que eu sentia dele era que, todos os dias após meu banho, passava creme nas minhas pernas e pés, porque eu já não alcançava (lembro de ter chorado por causa disso, mas daí grávida chora até para cortar tomate!).

Um dia entendi que a preparação dele aconteceu de uma maneira diferente, pensando no lado emocional e financeiro, e deixei a insegurança de lado. Minhas dúvidas eram sobre como evitar assaduras, limpar a gengiva e cortar unha, que shampoo usar, que roupa vestir pra não passar calor/frio, etc etc etc etc etc etc etc, e principalmente, o parto. As dele, quando poderemos comprar uma casa?, qual carro devo comprar?, minha mulher vai ter tempo para mim?, porque precisa gastar tanto dinheiro com cadeira de amamentar?, meu filho vai gostar de mim? Nunca mais vou dormir bem?....

O Luka demorou para nascer. Que o diga a cunhadi Paola, que ficou aqui na Inglaterra esperando e quase induziu o parto sozinha! Era previsto para o dia 5/9/09, e nasceu no dia 13, uma segunda-feira. Nesse último final de semana, o Ryan se deu conta de que tudo iria mudar de repente, e resolveu se informar também. Do tipo que usa Google e You Tube para absolutamente tudo, o marido pegou o computador e em meia-hora estava pronto. Leu e assistiu e aprendeu passo-a-passo como dar banho e trocar fralda do bebê, tarefas a ele delegadas.

Depois que o Luka nasceu, tive que ficar 2 noites no hospital em observação. Nada de mais, mas tive um pouco de pressão alta no final da gravidez (ainda bem, porque essa foi a ‘desculpa’ para conseguir ser induzida!), e a norma nesse caso é observação. Na primeira noite ele dormiu como um anjo, das 24 as 5hrs. Acordado, só mamava e olhava tudo e todos, com muita curiosidade. Nossa, que fácil, e eu estava preocupada a toa! Hum hum… Segunda noite, esse menino não parava de chorar. Eu estava sozinha na maternidade (proibido acompanhante dormir), morta de cansaço, e sem dormir. Coloquei ele na cama comigo para mamar enquanto eu dormia (culpada! culpada! – li em livros que não deveria fazer isso por perigo de cair no sono e sufocar o bebê!). Ele chorava, eu dava o peito, chorava mais, trocava o peito, chorava de novo… as parteiras e enfermeiras entravam no quarto, pegavam no colo, ele parava de chorar e dormia no bercinho. Minutos depois, mais choro, eu pegava de novo, dava o peito, mais choro. Eu achava que não tinha leite, ou que ele tinha cólica. Peguei no colo e andei no quarto, ele parou de chorar. Fui dar uma volta no corredor, até uma salinha de espera onde havia outras mães com seus filhos dentro dos bercinhos. Uma parteira veio me xingar, o que eu estava fazendo ali, era proibido sair do quarto com o bebê no colo, poderia escorregar, cair, fugir, sei lá! A parteira levou o Luka de volta pro quarto, eu enrolei uns 2 minutos e voltei também, para encontrá-lo dormindo no berço como um anjo. Que ódio daquela mulher que sabia cuidar do meu filho melhor que eu! E assim passou a minha primeira noite de terror.

De manhã cedo, Ryan voltou para nos buscar. Luka dormiu a manhã inteira enquanto aguardávamos liberação da médica. Até mesmo quando o colocamos na cadeirinha para ir no carro, não acordou. Em casa, dormiu outras 2 ou 3 horas talvez. Uma paz.

Eu estava cansada e fraca, com dores para sentar causadas pelo parto e pela episiotomia, e outras nas costas por causa da peridural. A única coisa que eu fazia era amamentar, assim que o Luka largava o peito, Ryan assumia, e fazia TUDO. Até minha mãe ficava sem jeito, pois não sabia se ele queria ajuda ou se ela estava atrapalhando! Coisa mais linda de se ter, um pai tão dedicado e um marido tão parceiro!

Quando você não dorme à noite e sua rotina está de pernas pro ar, você perde a noção do tempo, mas acho que demorou mais uns 3 ou 4 dias pra eu me dar conta de 2 coisas muito importantes: eu não sabia arrotar o meu filho, e muito menos trocar sua fralda!

Foi o Ryan que percebeu que eu não sabia fazer ele arrotar, e me ensinou. Foi quando eu me dei conta de que, no hospital, provavelmente era por isso que o coitadinho estava desesperado. A bandida da parteira devia arrotar ele direitinho e colocar dormir, e quando ele acordava chorando e eu dava mais peito e não fazia ele arrotar, começava tudo outra vez! Poxa, alguém poderia ter me falado!! E a sensação de insegurança nesse momento, de que havia muitas coisas ainda que eu não saberia fazer?

Como a fralda. Essa já foi mais simples de aprender, mas engraçado lembrar como fiquei nervosa nas primeiras trocas. Realmente, tudo sobre trocar fraldas eu tinha lido e aprendido, mas colocar em prática é diferente! E o Ryan, com seu videozinho do You Tube e 2 ou 3 dias de experiência, era um expert. Eu já sabia que, quando você tira a fralda, o neném provavelmente vai fazer xixi, então já estava (mentalmente) preparada, mas não tinha a menor coordenação motora para lidar com o contratempo! E o cocô? Nunca tinha visto aquilo, o Luka, quando fazia cocô, saia um jato do bumbum dele! Roupas, carpete, tudo foi alvo. Mas logo aprendi e tudo estava dentro da possível paz e normalidade que a vida com um recém-nascido pode proporcionar.

Nesses primeiros dias da chegada do Luka, aprendi que não sabia fazê-lo arrotar e trocar fralda, aprendi que buscar ser uma mãe perfeita é louvável, mas cansativo e de certa forma prepotente, aprendi que precisamos de ajuda, e  aprendi que tenho sempre a aprender. Mas, principalmente, aprendi que eu não estava sozinha, e que meu filho tinha um pai.



Salmão com cenoura e tomate: comidinha deliciosa e fácil para bebê

Uma das minhas receitas favoritas, para quando o bebê já dominou a fase das papinhas e está comendo pedacinhos de comida! (aprox. aos 9 meses, se começou com papinhas aos 6)

++ Salmão é ótimo para o desenvolvimento do cérebro!

(para 4 porções)

225gr de cenouras, sem pele e fatiadas
150gr de filé de salmão
½ colher (de sopa) de leite – ou o suficiente para cobrir, depende do modo de fazer
30gr de manteiga
2 tomates maduros picados, sem pele, sem sementes
40gr de queijo cheddar ralado

Cozinhe a cenoura ao vapor por 15 a 20 minutos, ou até estar macia. Enquanto isso, coloque o salmão em uma panela, cubra com leite e cozinhe em fogo baixo por 4 minutos, ou até estar pronto. Se preferir preparar o peixe no microondas, coloque o filé em um prato, a ½ colher de leite, metade da manteiga e cubra, deixando uma entrada de ar. Cozinhe por 1½ a 2 min.
Derreta o resto da manteiga numa panela, adicione os tomates e cozinhe em fogo baixo até ficarem macios. Tire do fogo e adicione o queijo, mexendo até derreter. Bata no liquidificador a mistura do tomate com a cenoura (se preferir apenas misture). Tire o líquido e a pele do salmão, verifique se há espinhos, despedace o peixe, e misture. Para bebês menores, bata o salmão junto no liquidificador.

Dica: Bata rapidamente o tomate e cenoura no liquidificador para não fazer um pure e deixar uns pedacinhos de cenoura. Ou use o modo pulsar.     

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pedro Filipe e John-Luka

Abril/2012

Engravidar: está na hora?

Eu estava na academia fazendo uma aula de ginástica localizada. Geralmente tirava de letra, mas nesse dia não conseguia respirar, tive que parar várias vezes. Depois, fui jantar na minha sogra, e ela comentou que havia espiado pela janelinha da porta da sala de ginástica e havia reparado que eu estava cansada e pálida. “Voce não está grávida, está?”, disse. “Não! De jeito nenhum! Sem chance!”, respondi. Minha convicção se devia ao fato de que eu já havia planejado terminar o jantar e ir a farmácia comprar a pílula do dia seguinte, porque não estava tomando anticoncepcional na época. Passou uma semana, e nada de menstruação. Meu então namorado, hoje marido, ficou encucado com a pergunta da mãe dele e começou a me perturbar pra fazer teste de gravidez. Uma tarde, ele voltou do trabalho com o teste na mão. Fiquei um pouco anciosa, mas no fundo, segura de que ia dar negativo. Cruzinha imediata. Voltei a sala e mostrei o resultado. Repeti o teste. Sentei no sofá com aquela cara de besta, que ficou ainda mais besta ao ver a reação do Ryan: pegou uma toca azul de borracha de natação que estava à sua frente, enfiou sobre a cabeça até o pescoço, e se escondeu atrás da estante. Não sei se ele tentava improvisar um artefato de sumiço ou de volta ao passado, mas depois de prováveis 5 minutos, resolveu tirar a proteção (repare na ironia da proteção de borracha na cabeça..!) e raciocinar como um adulto responsável. Levamos alguns dias para digerir a informação e pensar no futuro.

Quando telefonei para contar à minha mãe, eu estava ainda com muito medo. Fazia 3 meses que havia mudado da Espanha para a Inglaterra, não tinha trabalho, família, ou amigos. Aqui entra o detalhe de que eu estava com visto de turista e preparando os papéis para o pedido de autorização de casamento antes da gravidez. Pelo menos nem tudo era incertezas. Mas tinha medo demais por não ter a familia perto. Acho que um anjo tomou as palavras da minha mãe, e ela disse mais ou menos assim: “Mas, minha filha, não existe hora certa! Se você for esperar pela hora certa, ela nunca vai chegar! Sempre vai aparecer um trabalho que precisa fazer, um curso, uma viagem, algum projeto que você vai querer cumprir antes de uma gravidez. Então, aceita essa hora que Deus escolheu pra você. Vai dar tudo certo.”

Amém!


E até hoje eu dou esse mesmo conselho para quem quer engravidar ou engravidou sem planejar. Afinal, difícil afirmar que estamos “prontas para ter um filho”. Podemos estar dispostas a ser mães, preparadas emocionalmente para os desafios de ser mãe, mas “prontas” é conceito além da nossa imaginação.


p.s. na primeira ultrassom descobri que já esta grávida havia uns 10 dias quando tomei a pílula do dia seguinte. Para quem está se perguntando, não afeta em nada a gravidez ou o desenvolvimento do bebê. A pílula simplesmente não exerce sua função e é eliminada pelo corpo. E para quem também está se perguntando, não, eu não acreditava em tabelinha, e sim, fui irresponsável. Ah, e sim, faria tudo de novo, exatamente igual, não porque foi perfeito, mas para não estragar o que tenho hoje!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Meu bebê tem caspa???

Seu bebê lindinho, cheirosinho, está como uma escamação no couro cabeludo, de cor amarelada? Calma, ninguém está achando que você é relaxada e não cuida bem dele! O problema é muito comum, e também pode aparecer nas sobrancelhas ou outras partes do rosto, e até na região da fralda. É um tipo de dermatite seborréica, a popular caspa, mas nos bebês se chama ‘crosta láctea’. Normalmente aparece nos primeiros 3 meses de vida, e pode durar semanas ou meses.
Em primeiro lugar, seu pequeno nem tomou conhecimento, não sente nada, e não coça. A incomodada é você. Menos mal, porém, nada bonito de se ver. Mas não coce, nem tire casquinhas, porque pode causar uma infecção!
Essas casquinhas se formam mesmo se você lavar o cabelo do bebê todos os dias. São causadas pela superprodução de sebo, um óleo que mantém a nossa pele lubrificada.
Meu filho teve esse problema, e fui orientada no centro de saúde aqui da Inglaterra a esperar passar (parece que dura nos máximo até os 2 anos). Aqui é assim, tudo é normal e natural, e devemos deixar a natureza agir… se você for mãe de primeira viagem, acaba aceitando tudo que dizem, mas se você for um pouco mais decidida, alguém acaba te dando uma solução, raramente fazendo uso de remédios. (Se não, “Google it”!)
Enfim, a maneira da qual eu me livrei da seborréia do meu filho foi colocando um pouco de óleo de bebê no couro cabeludo dele antes de dormir, e ao acordar, penteei delicadamente o cabelo com um pente fino. Toque mágico! Saiu tudo! Azeite de Oliva também faz o truque. Para casos graves, existe shampoos específicos. Se o problema persistir, seu médico pode indicar uma pomadinha apropriada. Se a região estiver bastante inflamada, leve ao médico, pode ser caso de tratar com antibióticos.


Para informaçõesmais detalhadas, encontrei esse site que explica tudinho e ainda dá outras dicas de cuidados nutricionais:

http://www.saudeinformacoes.com.br/bebe_crosta_lactea.asp

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Menino ou menina? 19 maneiras de adivinhar o sexo do bebê

Existe uma variedade de contos populares para adivinhar o sexo do bebê. Coletamos alguns, se você souber outros, comente!

Colo: Se você segurar uma bebezinha no colo e ela chorar, você terá um menino. E vice-versa.

Forma da barriga: se for mais oval é menino, mais arredondada é menina.

Garfo e colher: Peça a uma pessoa que não sabe que você está grávida para colocar um garfo debaixo de uma almofada, e uma colher em outra. Escolha uma almofada para sentar. Olhe embaixo. Se for garfo é menino, colher é menina.

Anel: pendure seu anel de casamento (ou algum anel que goste muito se não for casada) numa corrente, deite-se e segure firme sobre sua barriga. Se mover em círculos, é menino, de frente pra trás, menina. (esse tem outra versão: peça para alguém segurar a corrente sobre sua mão aberta, baixa-la 3 vezes deixando o anel tocar a palma da mão e depois suspender firme. O resultado  é o mesmo, mas você pode repetir para saber dos proximos filhos. Quando o anel parar de mexer, chega de filhos pra você! - tanto para mim como meu marido,quando éramos apenas namorados, o anel 'disse' que teremos 2 meninos e uma menina, o primeiro acertou, vamos ver... mas não planejo chegar a 3... meu marido sempre diz "mas depois de 2 meninos vamos querer tentar 1 menina,  é por isso que o anel deve estar certo!" )

Se a batida do coração for menos de 140 por minuto, é menino.

Método chinês: adicione o mês da concepção à sua idade quando ocorreu o ato. Se o resultado for par, é menino, impar é menina. (o meu deu certo)

Se o seu pé estiver mais frio do que antes da gravidez, é menino.

Mãos muito secas, menino.

Se o seu nariz está alargando, menino.

Se você tem dores de cabeça, menino. (ah fala sério, homem causando dor de cabeça? Isso deve ser mentirinha...!)

Se o pêlo das suas pernas cresceram mais rápido durante a gravidez, é menino

Se  você tem desejos de comer comidas salgadas, carnes e queijos, é menino. Desejos de doces, frutas e suco de laranja? Menina.

Se o seu cabelo fica com umas luzes avermelhadas, é menina.

Se você se nega a comer a base do pão (a casca de baixo), é menina. (que????????)

Se o seu peito esquerdo está maior que o direito, é  menina.

Se você está mais linda do que nunca durante a gravidez, é menino. (dizem que a menina 'rouba' a beleza da mãe!)

Se você engordar muito é menina.

Se você sente muito enjôé menina.

Mais mal-humorada do que nunca? Menina!

(Caramba, essas coisas são inventadas pra gente não querer ter menina? Desde o útero já causamos tanto problema?? Bom, se serve de consolo, meninas não vão fazer xixi na sua cara quando trocar a fralda!))

domingo, 13 de maio de 2012

Ranking: Melhores países para ser mãe - o que o Reino Unido tem e que falta no Brasil

Esta semana li uma noticia sobre uma pesquisa realizada pela ONG americana Save the Children, sobre os melhores países do mundo para ser mãe. As manchetes da Inglaterra contavam que o Reino Unido está na 10ᵃ posição, e as do Brasil, que nosso país é o 12ͦ. Levei um susto, não fazia sentido, até ler a reportagem e entender que o ranking foi dividido em 3 categorias, países desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos, e que num ranking geral, o Brasil estaría na 55ᵃ posição. Entre os países em desenvolvimento, Cuba é o primeiro… e o Brasil perde para a Argentina por 10 posições! (ahhh não pessoal, vamos virar esse jogo!)
A pesquisa se baseia no período da gravidez até os 2 anos de vida do bebê, e se concentra no bem-estar materno, nas chances de sobreviver e prosperar, considerando o acesso à educação, boas oportunidades econômicas e melhores cuidados com a saúde da mãe, e inclui o bem-estar da criança.
A principal recomendação da ONG para melhorar o quadro em todo o mundo, é a amamentação. As outras são: alimentação suplementar, vitamina A, ferro, zinco, e boas práticas de higiene.
O pessoal aqui na Inglaterra não parece muito orgulhoso de estar em 10ͦ lugar. Não sabem como estão bem, e como é dura a vida lá no 55! E eu não posso imaginar a dificuldade da mãe Nigeriana, última da lista! Meu coração fica cortado de imaginar um bebê chorar de fome e a mãe não ser capaz de alimentar, por ser subnutrida e miserável.
Aqui na Inglaterra, às vezes tenho a impressão de que as mães se preocupam demais com coisas pequenas, mas deve ser porque não temos grandes problemas como falta de estrutura hospitalar, falta de vacinas, de comida ou de escola pública. (É, mas o país está em recessão e as coisas tendem a piorar, estão cortando dinheiro justamente dos hospitais e escolas…) Vou escrever um outro texto contando como funcionou o sistema público durante minha gravidez e depois que Luka nasceu (2009), de parto normal e nas mãos de uma parteira, mas posso adiantar que foi de excelente qualidade, e que muitas vezes eu pensava que não havia sentido nenhum ter um filho em hospital privado quando o público trabalha com tanta eficiência! – Hoje sei que é ingênuo acreditar nisso, que depende de hospital para hospital, e que também o atendimento nas maternidades e unidades infantis é geralmente melhor do que no resto do hospital, porque é prioridade. Também fico em dúvida se todas as mães estranjeiras que moram aqui tem o mesmo tratamento de alto nível, ou se o fato de o meu marido ser inglês impôs um pouco mais de respeito e talvez boa vontade. Estou escrevendo sobre a experiência que eu vivi, mas sei que muitas outras mulheress aqui têm histórias bem diferentes para contar, repletas de descaso e até incompetência.
Mas voltando aos motivos pelos quais a Inglaterra está entre os 10 melhores do mundo, alguns dados aleatórios:
 
  • Mulheres grávidas tem medicamento gratuito (o atendimento no posto de saúde é rápido e eficiente, e existe remédio disponível, não apenas em teoría)
  • Mulheres grávidas recebem um auxílio de quase 600 reais (câmbio atual) no começo da gravidez, para ajudar e estimular uma boa alimentação
  • Mulheres grávidas com baixa renda familiar recebem um auxílio parecido com um ticket-alimentação para comprar alimentos nos supermercados.
  • Grávidas e mães com baixa renda familiar recebem auxílio moradia. O governo analisa a situação financeira da família e, dependendo do caso, dá uma quantia para ajudar no aluguel, ou paga o valor total, ou disponibiliza moradia (ok, essa opção não é boa, mas deve ser ainda melhor que a maioria das mães dos países pobres).
  • Crianças de 0 a 16 anos têm direito a medicamento gratuito.
  • Quando um bebê nasce, o governo abre uma conta poupança para ele e deposita uma quantia de cerca de 1500 reais em duas parcelas nos primeiros anos de vida, e ele, ninguém mais, pode sacar quando completar 18 anos. Qualquer pessoa pode colocar mais dinheiro na conta, mas mesmo assim, com os juros, o valor inicial é uma boa ajuda para o futuro jovem. Meu marido comprou o primeiro carro dele com esse dinheiro.
  • Depois que o bebê nasce, um profissional da saúde faz visitas em casa, para pesar, fazer teste de audição, olhar o cordão umbilical, etc, e orientar, tirar dúvidas, ver se a mãe está bem psicologicamente e o bebê está sendo bem cuidado.  
  • As mães são intensamente estimuladas a amamentar, e quando o fazem, se enfrentam dificuldades, uma profissional da saúde vai na sua casa ajudar, quantas vezes precisar.  
  • Os centros de saúde possuem uma “clínica de bebês” onde, uma vez por semana por algunas horas, profissionais estão à disposição para pesar os pequenos e fazer qualquer tipo de orientação.
  • Os centros de saúde enviam regularmente cartas às mães para lembrá-las das vacinações e solicitando que marquem horário para as aplicações.
  • Depois da quarentena, a mãe é orientada e estimulada a usar contraceptivo. Eu tive o Mirena (tipo moderno de diu que também acaba com a menstruação) colocado gratuitamente.
  • A licença-maternidade é de 6 meses, mas pode ser extendida para 9 ou 12.
Esses sãos apenas alguns dados que me vêm a cabeça de imediato. Não aprofundei o tema trabalho e nem entrei no assunto educação. Fora isso, gostaria de salientar como é bom criar filho em um ambiente seguro, ir a parques públicos limpos e com excelente estrutura, encontrar banheiros públicos descentes e com trocadores por toda a parte, ter vagas de estacionamento para familias com criança pequena, e comprar fraldas e lenços umidecidos da melhor qualidade a preços rasoáveis!
Porém, gostaria de acrescentar e protestar: no Reino Unido, mulheres grávidas, e também idosos, não têm prioridade em filas!
p.s Os melhores países para ser mãe são:
1 Noruega
2 Islândia
3 Suécia
4 Nova Zelândia
5 Dinamarca
6 Finlândia
7 Austrália
8 Bélgica
9 Irlanda
10 Holanda e Reino Unido

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dica do dia: brinquedos no freezer!

É importante manter os brinquedos limpos, principalmente nos primeiros meses de vida. Sim, com um pouco de germes a criança cria anticorpos, patatipatatá…, mas quem vai cuidar do filho quando está doente, gripado, com diarréia, o que seja, é você, e você já tem muitas preocupações e coisas a fazer, e sono para colocar em dia, então os anticorpos podem ficar para mais tarde, quando seu filho já gosta de ficar deitado no sofá assistindo tv, por exemplo.
Para os brinquedos de plástico, sempre usei um spray de limpeza geral com antibactericida. E para os de pano e bichinhos de pelúcia, o segredo é limpar com um paninho úmido, deixar secar, e colocar no freezer por meia hora, aparentemente a temperatura baixa mata bactérias indesejadas.
Aliás, bichinhos de pelúcia nem é bom ter porque acumulam muito pó. Se tiver, melhor não deixar no quarto do bebê. O meu filho costumava tossir bastante à noite, e depois que removí toda a população do zoológico que habitava o espaço, parou. Ah, mais uma dica, deixe sempre um copo de água no quarto para aumentar a umidade do ar e melhorar as mucosas respiratórias. Isso vale para o seu quarto tambéem!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Protetora ou independente, que tipo de mãe você é?

Eu acredito que criança precisa de proteção e se sentir segura, e que gosta mesmo (apesar de não parecer) de ter alguém disciplinando. Hoje, com tantos estudos psicológicos apontando os efeitos da criação, especialmente entre 0 e 3 anos, no futuro dos nossos pequenos, algumas de nós acabamos nos sentindo um pouco (ou muito) anciosas em relacão ao que fazemos e à maneira como agimos.

Um exemplo: meu filho, Luka, é bem complicado de alimentar. Já melhorou muito, mas tem dias difíceis. Não é por estar sem fome, é porque quer brincar ou inventa que queria comer outra coisa, enfim, na verdade, fico tentando adivinhar o motivo! Então, dotada de poder maior, uso a arte do suborno: “se você comer essas 3 vagens e mais esses 2 pedaços de bife, você vai poder comer chocolate depois”. 10 em cada 10 vezes, ele aceita. O problema é que eu li em algum lugar que não se deve oferecer doces como forma de prêmio, porque a criança vai fazer a associação e doce será sinonimo de conquista, de satisfação, e quando crescer, vai comer em excesso e pode virar obesa ou ter outros problemas de saúde, como diabete. Socoooorrooooo!!! Pois é, apesar da consciência pesada, continuo com minha artimanha, e que me perdoem e não me julguem as damas de ferro de plantão, mas alegria de mãe é mesmo filho comer bem! Claro que penso se isso realmente terá efeito negativo no futuro, mas acho que ás vezes temos que relaxar e não pensar fundo demais em tudo, não querer ser perfeita o tempo todo. Ou enlouquecemos.
Agora, tem uma questão que deve ser a mais polêmica: se eu proteger demais, meu filho não vai aprender a ser independente?
A questão esteve a ponto de causar briga entre eu e minhas amigas, já que cada uma tem opiniões diferentes. Penso muito sobre isso, e na verdade, não acredito que exista uma resposta universal. Na minha opinião, cada bebê/criança, é unico e deve receber tratamento singular, sem seguir um manual. No caso do meu filho, eu acredito que ele precisa, por causa da personalidade dele, de uma boa medida de proteção. Canceriano, Luka é carinhoso, sentimental, caseiro. Gosta de se sentir amado e seguro. Se eu vou sair de casa e ele começar a chorar, não tem a menor importância esperar outros 5 minutos pra fazer ele se sentir seguro de que eu vou voltar e de que não está sendo abandonado, esperar ele se distrair com a pessoa que ficará tomando conta, e sair mais tranquila. Claro que existe choro-mãnha e choro-desespero, aliás, existem vários tipos de choro, cabe à mãe aprender a identificar cada um (fique tranquila, você vai saber, a maioria por instinto), e então ao choro-mãnha tento ser mais durona (demorei a aprender, confesso). Choro-desespero eu não gosto de ignorar, acabo ficando mais triste depois que sair, ele pode até ficar bem após 5 minutos, mas eu não! Agora... o maior teste é na hora de levar na escolinha. Difícil virar as costas ao choro, mas aí sim, esse é o grande passo em direção à independencia, é importante ser forte e se confortar sabendo que após 5 minutos da sua saída ele vai estar brincando feliz. E criança aprende tudo rápido demais. Se no primeiro dia você dá bola pra choradeira ou leva de volta pra casa, pronto, ele já aprendeu a fazer a chantagem.
O tema da polêmica entre eu e minhas amigas foi sobre viajar e deixar o filho. Luka vai fazer 3 anos em julho e eu nunca viajei sem ele. No máximo fiquei de um almoço de sábado ao de domingo sem vê-lo. Não porque não quis, simplesmente não tive oportunidade, inclusive porque amamentei até os 18 meses. Não porque acho um absurdo ou que mãe que deixa é uma pessima mãe. Mas, realmente, nos 2 primeiros anos, conhecendo o meu filho como eu conheco, sabendo de como é importante pra ele sua rotina e se sentir seguro, eu não viajaria sem ele. Não acho que ele vai ser menos ou mais independente no futuro porque sua mãe está presente todos os dias. Mas com certeza vai se sentir sempre amado e protegido. Também não estou dizendo que filho de mãe que viajou vai se sentir menos amado ou inseguro, como eu disse, cada bebê é diferente, cada caso é um caso. Não estou julgando as outras mães, apenas espero a gentileza de  não ser julgada também por ser ‘grudada demais’!
Agora estou planejando um final de semana extendido, tipo de quinta a domingo, pessoa pequena não-incluída. Estou super tranquila de que ele vai ficar bem com a minha sogra. Quem sabe da próxima vez a viagem pode ser mais longa, uma semana está de bom tamanho!
Enfim, o que quero dizer é que, sim, devemos nos informar sobre estudos do comportamento e sobre como lidar com nossos filhos, devemos tentar aprender sempre, de todas as formas, mas principalmente, devemos gastar a maior parte do tempo tentando conhecer a nossos filhos e a nós mesmas, e criar com o coração. O que serve pra mim, nem sempre serve para você.
p.s Acho que a cunhadi Paola também pode dar sua opinião sobre esse assunto!