sexta-feira, 29 de junho de 2012

Surto de crescimento em bebês: o que acontece?

Seu filho está com 3 semanas de vida e parece que finalmente ele (e você) aprendeu de quanto em quanto precisa mamar. A cada 3 horas de dia e a cada 4 horas à noite, por exemplo. De repente, a cada 1 hora e meia ele está berrando de fome e você não tem certeza se é isso mesmo ou se tem algo errado com ele. Não se preocupe, é fome mesmo, não tem nada errado e é importante que você atenda o apetite do seu filho, porque ele está pasando por um pico ou surto de crescimento. Seu bebê deve ter mais ou menos 5 surtos de crescimento no primeiro ano de vida. Podem acontecer a qualquer época do ano, mas são mais comuns entre as semanas 1 e 3, depois 6 e 8, e aos 3, 6 e 9 meses. Não entre em pânico, cada pico dura cerca de 2 dias apenas – mas podem durar 1 semana - e tudo volta ao normal, à parte de algumas roupinhas que não vão servir mais, assim, de repente mesmo. Não desista de amamentar agora porque está ficando exausta, porque ele mama demais e ainda parece ficar irritado porque não sai tanto leite quanto sua fome gostaria! (Seu corpo vai se adaptar à demanda).Tente descansar o máximo quando puder e peça ajuda do pai e da sua família para outras tarefas, como trocar fralda, dar banho, lavar, passar, cozinhar, limpar… ai, fico cansada só de escrever! Além disso, alimente-se bem e beba bastante água. Se você dá mamadeira, tente aumentar o tamanho e/ou o buraco, ou aumente a quantidade um pouco a cada mamada para ver quanto é suficiente.
Como identificar:
Seu bebê quer comer toda hora. Se você estiver amamentando provavelmente ele vai querer o peito a cada 1 ou 2 horas. Se ele estiver comendo sólidos, provavelmente vai comer mais nas refeições e lanchinhos.
Vai acordar mais à noite. Para mamar! E se estiver fazendo soninhos durante o dia, provavelmente vão ser mais curtos (a fome vai atrapalhar o sono do anjinho!)
Vai estar mais mau-humorado. Porque fome não deixa ninguém contente! Nem noite mal-dormida!


Grafico de crescimento do Luka

Acima, no gráfico de crescimento do primeiro ano do Luka, dá para perceber bem o aumento do peso dele após picos nas semanas 4, 7 e 11. Mais adiante não está óbvio porque ele não foi pesado tão constantemente.

Quando o bebê estiver passando por outras fases de desenvolvimento físico e cerebral, como rolar, engatinhar, andar e falar, deve ficar com mais fome também.

Algumas mães nem percebem que seus bebês passaram por um desses surtos, é normal, principalmente com bebês que tomam fórmula.

Especula-se sobre dores de crescimento no primeiro ano de vida, mas aparentemente não existe comprovação médica. Sabe-se, porém, que entre os 3 e 5 anos, e entre 8 e 12, elas são bastante comuns nas pernas das crianças.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Como parar de fazer o bebê dormir no peito

Essa é para quem está amamentando. O Luka mamou no peito até os 15 meses, quando ele mesmo não quis mais. Desde os 6 meses, quando começou a comer alimentos sólidos, as mamadas diminuiram gradualmente, e depois que completou 1 ano comecei a dar apenas 1 copo de fórmula ao acordar, e o peito antes de dormir (ele raramente tomava leite pela tarde). Mas foi apenas depois que parei de amamentar que o Luka começou a “se fazer dormir” no seu quarto (ele dormia no seu quarto a noite inteira desde os 2 meses, mas era preciso estar junto até ele dormir). Hoje eu vejo que poderia ter sido diferente, que poderia ter “ensinado” mais cedo, mas a verdade é que aquela era a minha hora favorita do dia, quando sentava na minha cama sozinha com ele, depois do seu banho, luzes apagadas, ele calminho, mais querido e amorozo do que nunca, e eu tranquila por saber que logo ele ia dormir e eu descansar, e feliz por estar ali com ele. Depois aprendi que quem dependia das mamadas era eu, e não ele! Para o próximo filho, espero poder ter esses momentos especiais também, mas com certeza vou ter mais segurança para colocá-lo dormir sozinho.
As minhas “fases” do processo de colocar para dormir foram assim: 
1 – Desde os 2 meses, eu sentava na minha cama e cantava enquanto ele mamava até dormir, depois o colocava em seu berço,
2 – Eu tirava o peito antes de ele pegar no sono e apenas cantava até ele dormir,
 
3 – Eu cantava um pouco e depois ficava apenas deitada ao seu lado, em silêncio, esperando ele dormir enquanto olhava as luzes da rua entre a persiana da janela, e depois de um tempo o levava ao berço,
4 – Comecei a me esconder atrás da cama para ele pensar que estava sozinho enquanto eu observava se ele conseguia dormir e se estava seguro, depois comecei a sair do quarto,
5 – Comecei a colocá-lo no berço antes de cantar e rezar, o que faço até hoje (depois dos 2 anos começamos a ler livros também).
Depois que o Luka aprendeu a dormir sem mamar no peito (fase 2), eu parei de dar leite se ele acordasse no meio da noite também, e apenas ficava ao lado da cama até ele dormir, às vezes cantando.
 
Bom, essa foi a maneira como eu fiz, e o processo foi lento, mas pode ser feito desde que o bebê nascer. Na verdade, o recomendado é que você já faça diretamente o que fiz na fase 5 desde o primeiro dia de vida, para evitar que ele aprenda os outros hábitos – é difícil, principalmente nas primeiras semanas, mas fique tranquila que um dia ele aprende!
Também vou traduzir aqui a orientação que li de uma inglesa especialista em sono de bebê quando a mãe de um bebê de 6 meses perguntou como fazer para parar de fazer o filho dormir no peito, e na sua cama:
 
“Primeiro você precisa focar na rotina de dormir. Ele precisa aprender a dormir sem ser mamando, porque o peito se torna uma associação para dormir, da qual ele depende quando acorda no meio da noite. Comece oferecendo o peito ANTES de começar a rotina de dormir, tente dar bastante leite. Depois, dê um banho quente de 5 minutos e o mantenha calmo e relaxado. A àgua quente vai aumentar a temperatura do seu corpo, e quando ele sair do banho a temperatura vai baixar de novo, causando a produção do “hormônio do sono”, a melatonina. Coloque o pijama e ofereça o peito de novo, mas uma mamada rápida, comece com 10 minutos e reduza gradualmente para 1 minuto, até que ele não necessite mais do leite para dormir. Depois da mamada, dê abraços e carinhos e o coloque no berço. Se ele chorar, tente fazer carinho no berço, mas não o pegue no colo a não ser em último caso. Gradualmente, reduza o tempo de carinho até que você apenas fique ao lado do berço olhando, sem tocá-lo, e a cada dia vá se aproximando mais da porta, até você estar completamente fora. Isso deve levar umas 2 ou 3 semanas.”
 
Dicas:
 
-      Não tente mudar hábitos em épocas “tensas”, como: dente nascendo, bebê novo na casa, doença, viagem, babá nova, mudança de casa…
 
-      Existe períodos em que o bebê cresce muito rapidamente (pico ou surto de crescimento) e come mais: dura alguns dias e ele pode acabar acordando mais à noite para mamadas extras. Tente identificar a frequência com que isso acontece e não deixe de dar leite (normalmente você vai notar porque ele vai mamar mais durante o dia também – o próximo post será sobre isso!), mas se ele simplesmente estiver acordando e querendo mamar por conforto, evite, ou tente dar um pouco de água.
 
-      Aprenda a técnica do choro controlado para deixar o bebê no berço. Use se você se sentir confortável e não ficar muito triste quando seu bebê chorar. Eu não tive coragem nos primeiros meses, mas algumas vezes depois deixei ele chorar e confesso que funciona, e não acredito que ele tenha ficado triste ou traumatizado (vou escrever um post sobre a técnica em breve, e também sobre rotina!).
 
-      Se o bebê chora quando estiver sozinho, tente colocar luzes coloridas no quarto, ajudam muito a distrair (fotos de projetores abaixo), ou use a janela como eu fiz (eu morava numa esquina bem movimentada e havia muitas luzes de carros).
 


terça-feira, 26 de junho de 2012

Inmetro regulamenta a fabricação de berços

Pesquise antes de comprar ou mandar fazer. A partir de dezembro de 2012, os berços devem ser fabricados de acordo com especificações de segurança do instituto (estão regulando porque 11 de 11 marcas testadas no Brasil em 2007 foram reprovadas!). Mas apenas em janeiro de 2014 o comércio deve oferecer somente productos certificados. Isso significa que você pode comprar algo que seja arriscado.

Por exemplo, o espaço entre as grades não pode ser maior do que 6,5cm, e entre o estrado e as laterais, máximo de 2,5cm para o bebê não prender aos mãos ou pés. Pesquise e cheque as medidas, veja onde se pode evitar que o bebê prenda a cabeça e membros, e compre um colchão que encaixe exatamente na cama para o bebê não escorregar e ser sufocado (horrível, raro, mas tudo isso acontece, CUIDADO!!) E opte por formatos arredondados nos cantos e barra de silicone para o caso de o bebê morder quando já levantar. E verifique que o berço tenha sido bem montado, com os parafusos bem firmes.

Não sei sobre a regulamentação do sistema anti-refluxo (que inclina o colchão) mas se você está na dúvida ou quer economizar, compre um normal e levante os pés somente de um lado da cama em 30 graus – isso eu costumava fazer com a moisés do Luka (coloque algo embaixo que seja SEGURO). Ou compre um travesseiro anti-refluxo (foto abaixo).

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Truque para você dormir mais

A minha estratégia para conseguir dormir um pouco mais de manhã depois que o Luka acordar é bem simples: desde que ele começou a se mexer na cama, coloco brinquedos ao redor para ele se distrair.

(PELAMORDEDEUS CUIDADO COM O QUE VOCÊ COLOCAR NO BERÇO PARA NÃO SUFOCAR OU MACHUCAR O SEU BEBÊ!!! – NA DÚVIDA NÃO COLOQUE NADA!!)

Depois dos 2 meses de idade, o Luka ficou grandinho para a moisés e já dormia a noite inteira, então decidi que era hora de colocá-lo no seu quarto, no berço. No começo, ele acordava e ficava admirando o móbile por bastante tempo, eu ligava a música e voltava para a minha cama, os bonequinhos giravam e ele ficava pelo menos meia hora sozinho, olhando. Depois de alguns dias esse tempo diminui para talvez 5 minutos. Foi quando comecei a colocar outros brinquedos e objetivos bem coloridos, ou em preto e branco, ao lado ou no topo do berço. Às vezes, simplesmente escrevia ou desenhava com canetinha preta uns círculos, quadrados e triângulos num papel branco, e ele ficava decifrando por longos minutos. Quando começou a se mexer, colocava brinquedos macios (e sem perigo de engasgar ou machucar) dentro da cama para ele encontrar e pegar. Os melhores eram os livros de tecido e chocalhos. Em alguns dias, consegui dormir (ou apenas deitar e fechar os olhos!) por 1 hora e meia a mais enquanto ele brincava!! E às vezes ele acabava pegando no sono de novo por outra meia hora!

O segredo é a rotação, se você deixar sempre as mesmas coisas o bebê enjoa. Também não é bom colocar muitas coisas porque ele pode não se concentrar em nada. Preste atenção no que seu filho gasta mais tempo olhando ou brincando e repita esse brinquedo, colocando outra opção junto, ou substitua por algo do mesmo estilo mas diferente. Outro detalhe, de preferência não deixe seu filho te ver, se não ele vai querer a sua companhia ou colo. Se você não tem um monitor para ver pela tela o que está acontecendo, dê uma espiada discreta pela porta. Se você sempre vier no quarto logo que ele acorda, ele se acostuma e não vai querer ficar sozinho.

À medida que o Luka crescia e se interessava por coisas diferentes, eu atualizava o cardápio. Começou a sentar, coloquei coisas ao alto para ele tentar pegar, e às vezes meio enrolado no berço, para ele se ocupar tentando tirar. Mais adiante, comecei a deixar uma caixa de brinquedos ao lado da cama, para ele alcançar e pegar o que quisesse. E livros. Sempre incentivei que ele se familiarizasse com livros. Ele não gostava muito, mas insisti, para fazer parte da vida dele, e hoje ele adora. Desde os 2 anos de idade, é o que mais coloco na cama. Até hoje ele acorda e fica sozinho um tempo.

O Luka vai completar 3 anos em menos de 3 semanas e ainda dorme no bercinho com as barras laterais! Ele começou a pular e sair já faz tempo, mas isso durou umas 2 semanas, até um dia em que ele caiu e ficou assustado, e nunca mais quis tentar! Eu incentivo, tento ajudar, mas ele não quer. Muito sensível esse meu filho! E bastante medroso também!! Enfim, no seu aniversário vou tirar as barras porque acho que já passou da hora de ele ganhar essa independência. Não vou ficar surpresa se ele levantar, buscar brinquedos e voltar para a cama brincar!

Dicas:

- Não vá correndo para ver seu filho se ele acordar com um chorinho de leve.. espere um pouco para ver se é mãnha e se ele pára. Mas se ele estiver chorando alto, incomodado, vá imediatamente.

- Coloque brinquedos que fazem ruídos, tipo livros macios com enchimento de plástico em alguma parte, assim você fica atenta ao barulho e caso haja silêncio total verifique se está tudo bem.

- Antes de deixar seu filho sozinho com brinquedos, observe como ele se comporta e brinca, para garantir que é seguro. Veja se ele consegue afastar objetos do rosto, por exemplo.

- Não troque a fralda sempre imediatamente quando ele fizer xixi, se não ele acostuma a estar sempre sequinho e essa estratégia não vai funcionar. Além disso, se a fralda for boa vai absorver bem o xixi (coloque creme contra assadura todas as noites antes de dormir). Mas não deixe cocô por muito tempo!

- Essa estratégia é para você descansar se seu filho acorda cedo demais, se ele não dormiu bem à noite, ou para você ter tempo extra de manhã cedo para fazer coisas que necessita, e não para você virar preguiçosa e deixar seu filho sempre sozinho enquanto você dorme a manhã inteira!

Boa sorte!



Exemplos de livros macios (adoro os da Lamaze!)

domingo, 24 de junho de 2012

Recomendo para viagens e passeios com bebês

Esse tipo de barra de atividade portátil é super simples e leve para carregar numa bolsa grande que toda a mãe tem, e ajuda a distrair o bebê em longas jornadas de carro, em berço de viagem ou mesmo no carrinho.




O Luka tinha essa vermelha e adorava admirar ou tentar agarrar os bichinhos, com diferentes cores, sons e texturas. Foi super útil para distraí-lo aos 4 meses, na cadeirinha de bebê no avião para o Brasil e no berço de viagem na casa da vovó – eu ganhava uma meia hora extra de sono enquanto ele brincava com os bichinhos aos acordar!

Luka feliz da vida no avião

Também utilizava no assento do carro em casos de viagem ou passeio longo. Pode ser encaixado na maioria dos carrinhos, mas eu não costumava colocar porque preferia que o Luka ficasse olhando o mundo à sua volta. Super simples instalação e fácil de limpar.

Quando eu crescer, quero ser…

Hoje perguntei ao Luka, no meio de uma brincadeira “quando você for um menino grande igual ao papai, e você for trabalhar, o que você gostaria de fazer? Ser um médico, um construtor, um policial…? Rapidamente, como se já houvesse planejado, respondeu “Ladrão de banco!”

Hahahahhaahahaahaaa

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Síndrome da cabeça achatada

Eu sempre soube dos cuidados a tomar com um recém nascido em relação à cabeça para não ficar achatada. Mas a teoria é bem mais fácil do que a prática.

Foi minha mãe que notou, logo nas primeiras semanas, que o Luka sempre virava a cabeça para o seu lado direito quando dormia. Virou uma obcessão, eu estava sempre cuidando e virando para a esquerda, quando ele dormia ou estava sentado. Desde que nasceu, coloquei o Luka dormindo de costas, que é o recomendado por ser a forma mais segura para o bebê (visa evitar a morte súbita). Ele passava os seus dias entre a moisés de dormir, a moisés do carrinho, a cadeirinha do carro, a cadeirinha de balanço, e diversos colos. Evitei deixar ele no colo o tempo todo para não acostumar, e sempre que queria colocá-lo para dormir, se não fosse após mamar dormindo no colo, usava a moisés do carrinho e empurrava em casa, no jardim, ou no parque. Bastava sair de casa para ele cair no sono. E onde ele encostasse, virava para o lado direito. Eu tentava colocar uma fraldinha daquele lado e virava pro esquerdo, mas mesmo assim ele acabava afastando a fralda com a cabeça e voltava para a outra posição. Na primeira semana, Luka mamava a cada 1h30 ou 2hrs, assim, quando eu dormia, era impossível ficar verificando a cabeça. Nas semanas seguintes, mamava a cada 3 horas, e depois 4. Lembro da minha alegria a primeira vez que dormi por 4 horas, foi uma renovação, me senti tão bem (hoje se durmo apenas 6 horas fico muuuito mal humorada!). Enfim, quando o problema tinha que ser cuidado, foi uma época muito difícil. Enquanto minha mãe estava aqui, ela ainda ajudava, mas depois ficamos só eu e o Ryan, e homem geralmente não cuida dessas coisas do mesmo jeito que mulher, o Ryan esquecia mesmo, não era porque achava besteira. E a cabecinha do Luka foi ficando bem achatada, e eu comecei a colocar despertador para levantar e virar, mas também não deu certo, se eu não dormisse o pouco que podia, acabava ficando extremamente cansada e impaciente, mal-humorada, e não dava conta das tarefas diárias. Nunca tive babá ou ajuda, aparte da minha sogra e chunhada, que de vez em quando cuidavam dele por umas horas. Mas também não foi por falta de vontade, foi por minha escolha de amamentar que me tornou escrava da fome dele, e quanta fome! As mulheres do centro de saúde comentavam o quanto ele estava crescendo bem apesar de não tomar fórmula (bebês que tomam mamadeira engordam mais, mas o Luka engordou no mesmo padrão, fui até convidada para ir a um grupo de grávidas falar sobre amamentação – no fim não fui).

Voltando ao assunto, me sinto muito culpada por causa da cabecinha dele. Depois que notei que estava achatando, fiz tudo o que pude durante o dia. Colocava ele deitado de barriga para baixo enquanto acordado (tummy time), posição que ele odiava, chorava muito, tinha que deixar só uns minutos a cada vez porque ele realmente detestava, mesmo que fosse no colo sobre as pernas, não funcionava. Eu também virava a cabeça dele constantemente quando estava na cadeirinha, ou passeando no carro ou carrinho,e colocava uns brinquedos interessantes do lado esquerdo para ele ficar olhando, mas com pouco sucesso. Todos os familiares estavam avisados para agir da mesma forma. Nessa época ele já dormia a noite toda, então eu estava mais descansada e acordava para ver como ele estava e virar a cabeça. Lógico que foi melhorando, e a médica disse que se eu continuasse cuidando iria voltar ao normal quando ele começasse a sentar e rolar na cama, então fiquei um pouco mais tranquila. Ela me deu um monte de material sobre cuidados e exercícios rotineiros. Ia comprar aquele travesseirinho que tem um buraco no meio para manter a cabeça no lugar, mas já era tarde porque ele estava forte e se mexia na cama. Ele sentou aos 4 meses mas só rolou lá pelos 6 ou 7. Fui informada de que até os 18 meses voltaria ao normal. Mas não voltou. Uma amiga daqui teve o mesmo problema, mas pior, e colocou o capacete no filho dela, que resolveu (deu até sorte, porque o menino um dia caiu do topo da escada de sua casa e não se machucou graças ao capacete!). Se não me engano, no Brasil, apenas em São Paulo existe uma clínica que oferece esse tratamento, privado. Aqui também é privado e na época custava 2 mil libras. Não foi pelo custo, mas porque conversamos com a médica e vimos que estava melhorando, então decidimos não colocar, achei judiação ele passar o dia inteiro com um capacete por 3 ou 6 meses... e quando me arrependi, já era tarde demais. Insuportável era escutar os comentários “a cabecinha dele é um pouco achatada né?”, “e a cabecinha dele, vai melhorar?”… que ódio escutar, a famosa verdade que dói, como se eu não soubesse, como se eu não sofresse com isso, como se eu não me esforçasse para cuidar!
Luka dormindo na moisés, virado para o lado direito (1 semana)
 

Luka dormindo na moisés do carrinho, virado para o lado direito (2 meses, acho!)

Luka dormindo no berço de viagem, no Brasil, virado para o lado direito (4 meses) - notem o travesseirinho do lado para estimular que vire para a esquerda...

A cabeça dele não é assim tão achatada (procurei alguma foto para mostrar mas não tenho nenhuma que apareça), e como ele tem bastante cabelo nem se nota, apenas quando está molhado, mas mesmo assim não é legal. Inclusive porque sua orelha do lado direito fica parecendo bem “aberta” (de abano) por causa da distância com a cabeça, que é mais plana deste lado. Quando ele for adolescente ou adulto, se quiser raspar o cabelo provavelmente vai ficar feio, e quando for na piscina ou praia com amigos aposto que vão encher o pobrezinho de apelidos e rir dele. Pelo menos ele vai ser alto e lindo, então vai ser apenas um defeitinho bobo! Também li que em casos graves pode-se desenvolver problemas na mandíbula e até estrabismo, mas não acredito que seja o caso do Luka.

De tudo isso, uma das lições que aprendi foi dar atenção aos meus instintos e não confiar 100% nos médicos. Aliás, lógico que, comparando com o Brasil, o sistema público de saúde daqui é fenomenal, mas ainda é público, e a verdade é que está em uma péssima crise e, cada vez mais, cortando gastos. O resultado é que qualquer problema considerado estético é irrelevante e ignorado. A raiva que tenho é que não me importaria de ter pago para escutar um médico especialista ou fazer um tratamento, mas acreditei, ingenuamente, que estava em boas mãos.

Eu acho que o Luka tinha torcicolo, por ser um bebê comprido, estar apertadinho no útero por tanto tempo na mesma posição, e ainda ter passado 10 dias da data prevista. Talvez houvesse alguma massagem que eu poderia ter aprendido, talvez uma fisioterapia teria ajudado. De qualquer forma, meu próximo filho ainda vai dormir de costas, mas vai ter o travesseirinho com buraco desde o dia 1, e vou tentar acostumar mais de bruços desde o comecinho quando estiver acordado. (Vale lembrar que bebê não deve dormir com travesseiro, nem se for pequeno - resista à pressão da sua mãe, como eu!)

Travesseiros que se pode usar (acima) para prevenir a cabeça achatada
 "Travesseiro" (acima) que vi online e achei muito fofo!!!

Tapete para colocar o bebê de bruços - adoro esse estilo, tem uma almofadinha pra ajudar e um espelho pra distrair

Para quem procura e não encontra produtos como esses no Brasil, entre em contato comigo pelo adrianabah@gmail.com que eu vejo se posso ajudar!

Informações técnicas:
Plagiocefalia posicional é o termo para definir cabeça achatada. Acontece depois do nascimento, quando o bebê passa muito tempo na mesma posição, fazendo pressão em um lado do crânio, que é molinho e flexível. Bebês múltiplos e prematuros apresentam maior chances de desenvolver o problema.
O número de casos aumentou muito desde os anos 90, quando passou-se a recomendar dormir de costas.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tempo entre uma gravidez e outra

Decisão completamente pessoal, que depende da sua disposição e saúde, seu estado emocional, do seu trabalho, de como vai seu relacionamento com o pai, da situação financeira, de que como você idealiza a criação do primeiro filho, do que disse a cartomante, enfim, do que for importante pra você.

Eu, pessoalmente, gostaria de ter engravidado de novo depois que o Luka completou 1 ano, para que fossem um pouco mais próximos e companheiros. Mas comecei a arrumar um monte de desculpas. A principal, financeira. “Vamos esperar para ver se dá certo tal coisa e podemos comprar uma casa”. Essa era a frase que eu ouvia e repetia, mas dentro da minha cabeça, o sentido dessa frase era na verdade “se eu tiver outro filho agora, não vou poder comprar os móveis que eu quero, decorar o quartinho dele do jeito lindo que imagino, comprar as roupas mais fofas que vejo, e ainda vou viver de pijama e descabelada por outros 6 meses no mínimo”. Outra questão considerada era a de que gostaríamos de nos dedicar bastante ao nosso primeiro filho, e tínhamos receio de que ele ficasse com muito ciúme e revoltado com uma segunda gravidez. Na verdade, também nos arrepiava a idéia de um segundo filho ser mais difícil de criar, ter outro temperamento. Como o Luka é tão tranquilo e sua rotina funciona tão bem, ficamos com medo de outro filho dar trabalho dobrado! Além disso, sempre planejei voltar a trabalhar desde que o Luka completou 1 ano, mas não aconteceu (vou escrever sobre isso outro dia). E por último, eu amava de paixão minha barriga de grávida, mas a idéia de não entrar nos meus skinny jeans de novo por mais de ano não estava me seduzindo. Já estou com 32 anos, e fico imaginando que se engordar de novo talvez nunca mais volte a ser (relativamente) magra. Ryan certamente tem outras razões pessoais (quando ir à academia, como escapar para uma cervejinha sem causar a 3ª Guerra Mundial, sexo?, quando trocar de carro, não posso perder mais cabelo, Xuxa de novo?, e outras que nem imagino). De comum acordo, resolvemos esperar.

Hoje, gostaria de que minha decisão houvesse sido diferente. Primeiro porque não voltei a trabalhar de qualquer jeito, mas principalmente, porque o Luka precisa de uma companhia infantil dentro de casa. Fico me sentindo culpada e triste de vê-lo brincando sozinho, ou chamando a mãe e o pai para brincar junto o tempo todo. Eu brinco, bastante, na verdade brincar mesmo não brinco tanto, mas fico ali, sentada junto, fazendo uns comentários, estimulando alguns acontecimentos, parabenizando alguma atitude, mas a triste, mais triste verdade é que eu não tenho mais tanta imaginação para brincadeira, e me sinto impotente em relação a isso. E para piorar, brincadeiras de menino. Enquanto ele era bebê, e tudo era novo e fantástico, fácil, mas agora, à beira dos 3 anos, está na hora da brincadeira passar a outro nível, e não sei se estou acompanhando! (imagina como será na escola??) Talvez eu esteja exagerando tudo, esteja me sentindo assim porque ele passou 2 semanas em casas sem ir à escolinha e sentindo falta dos coleguinhas, mas mesmo quando ele vai (3 vezes por semana, pela manhã), ainda sinto que lhe faz falta um(a) irmã(o). Desde pequeno, sempre saímos bastante de casa, frequentamos diversos parques e centros de bebês e infantis para ele brincar e socializar,  pelo menos 1 vez por semana marco com alguma amiga para nossos filhos brincarem junto… mas não acredito que seja suficiente. Luka é tímido e um pouco anti-social. Quando vamos ao parque, por exemplo, fica esperando não ter nenhuma criança no escorregador para ele brincar. Não quer dividir o espaço ou fazer fila. Talvez depois de um pouco tempo ele acabe se interessando por alguma outra criança e brinque junto, mas geralmente é mamãe para cima e para baixo. Quando encontramos filhos(as) da minhas amigas, demora uma meia-hora para ficar à vontade. Lógico que essa é a personalidade dele, mas talvez se tivesse irmão, fosse um pouco mais confiante. Às vezes sinto que ele passa a impressão de ser mimado e mal-educado. Mimado pode ser, um pouco, é difícil para a mãe enxergar isso, mas mal-educado de jeito nenhum, apenas falta auto-confiança, acredito.

Agora, o Luka completa 3 em julho, se engravidasse hoje, haveria quase 4 anos de diferença entre os 2. Como já passou da hora mesmo, agora vou esperar até o ano que vem. Estou com muita muita vontade de ter um bebezinho em casa de novo, mas estamos cheios de desculpas ainda… férias de agosto, trabalho, dinheiro… o saco das desculpas só vai aumentar, então estou comprometida a esquecer o resto do mundo, tirar o DIU e engravidar em 2013 (se Deus quiser!).

Esses dias o Ryan me perguntou se tenho certeza de que quero mais filhos, já que agora estamos tranquilos, mais independentes, temos boas noites de sono, somos mais sociáveis, etc etc. Respondi a ele que não importa isso tudo hoje, porque quando estivermos velhinhos tudo o que vai fazer a nossa alegria será a família, a presença de pessoas amadas ao redor, nos almoços de domingo, nos aniversarios, no Natal (aaaah o Natal!), e para isso precisamos procriar e multiplicar!

Luka socializando...

...Luka e primo Pedro

sábado, 16 de junho de 2012

Dos piores conselhos que já escutei

Quando o Luka estava com 6 meses, comecei a introduzir alimentos sólidos na sua dieta, da maneira recomendada pelos médicos e especialistas. No início, me disseram que seria normal ele ficar um pouco constipado. Luka completou 6 meses num mês de janeiro, quando o frio realmente pega no hemisfério norte. Quando saíamos de casa com o carrinho, Luka parecia um esquimó, com tanta roupa, e ainda um cobertor por cima – não adianta esperar o frio passar para sair de casa se não acabamos ficando meses sem ar fresco, o jeito é encarar, e aproveitar (confesso que aprendi a gostar do inverno, na verdade adoro, pena que dura tanto tempo!).

Em uma dessas tardes, ao voltar do parque, notei que o Luka tinha um pedacinho de lã azul na boca, que era do cobertor. Fiquei imaginando se ele havia engolido algum outro, mas nãe preocupei muito. Só tive a péssima idéia de comentar com a minha cunhada que esteve visitando no mesmo dia, e presenciou a cena do Luka chorando muito de dor tentando fazer cocô – estava no meu colo (de fralda), e agarrava nos meus ombros fazendo muita força, e não conseguia. Ouvi o comentario: deve ser a lã que causou isso.

Era sexta-feira. No dia seguinte, Luka ainda estava constipado e chorava para fazer cocô. Lá pelas 7 da noite, hora de colocar o Luka para dormir, liga a minha sogra perguntando como ele estava, e ao ouvir que continuava constipado, sugeriu que eu levasse ao médico para examinar. Bom, até aí tudo bem, porque eu estava mesmo planejando ir ao médico na segunda-feira para tirar umas dúvidas quanto à alimentação e outras que não lembro. Mas ela ficou chocada: “segunda-feira? Você não vai esperar até lá para saber qual o problema dele?” (para mim não havia um problema sério, apenas um incômodo passageiro). Como eu já estava cansada e irritada porque minha cunhada havia telefonado 5 minutos antes insunuando as mesmas coisas (com o tempo aprendi que elas sempre se telefonam para contar tudo e depois nos telefonam fingindo que não se falaram, já aprendi a ignorar), pela primeira e única vez na vida ergui a voz para minha sogra e fui bem grossa, perguntando “o que você está esperando que eu faça?” e ela, “leve ele na emergência, agora! Imagina se ele engoliu um monte de lã do cobertor e está tudo enrolado no intestinozinho dele e por isso não consegue fazer cocô? Talvez eles precisem fazer um raio-x!” Bom, eu não sou médica nem cientista, nem fui muito boa aluna em biologia, mas alguma coisa aprendi, e sabia que essa idéia era totalmente infundada. Mas ao contrário da reação que você provavelmente está tendo agora, eu não estava com humor para rir, nem seria mal-educada, e apenas respondi que eu não acreditava que ele houvesse engolido mais lã porque estou sempre de olho, e não era caso de emergência até porque todo bebê fica constipado alguma vez na vida.
Quando fui à médica, na segunda-feira, e contei essa historinha, ela mesmo não se aguentou e deu risada, e disse “It’s a lot of rubish!” (isto é um monte de lixo, frase usada no sentido “não tem nada a ver”). Adorei contar depois para minha sogra a reação da médica, e o legal disso tudo é que até ela riu junto!
p.s Realmente era normal ficar um pouco constipado, mas o motivo era porque ele não estava tomando muita água, já que era frio e eu amamentava, não insistia muito.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Catapora – dias 4 e 5

Não escrevi ontem porque estava es-go-ta-da. Luka acordou às 6 da manhã e nessa semana eu não posso nem ir ao banheiro sozinha porque ele quer ir junto. Às 5 da tarde, caiu no sono no sofá – hora que o marido chega em casa, e acordou às 9 da noite – hora que o marido foi na academia! (parece que sente o cheiro!) Enfim, acabou indo para cama meia-noite. NOTA: isso não acontece na minha casa, não estou acostumada.

Em relação à catapora, tudo indo bem, feridas secando, semana que vem já volta para escolinha (ebaaaaaaa!), querido, está com saudades – e eu também.

Aliás, vou dividir com vocês algumas coisas que ouvi aqui sobre catapora.
1)    Não pode dar banho na criança. Ok, minha sogra é muito boazinha para mim e muito querida e cheia de boas intenções, mas nessa fiz de conta que não escutei. Meu filho, mando eu, toma banho sim. E é o correto (cuidado na hora de secar, não esfregue a toalha).
2)    (de uma amiga) Se pegou de leve pode pegar de novo, e na segunda vez é muito pior. Encontre outra criança com catapora e coloque seu filho brincar com ele para intensificar a doença (????) – Naaaaaaã
3)    Anos atrás, costumava-se promover “Festas da Catapora” aqui na Inglaterra. Quando uma criança era infectada, reuniam todas da comunidade para brincarem e pegarem a doença ao mesmo tempo, assim já ficava todo mundo imunizado no futuro, e ninguém precisava ficar isolado em casa por ser contagioso. (gostei dessa, pena que só fiquei sabendo ontem, se não teria promovido uma aqui em casa, assim não teria passado 5 dias sozinha com ele, sem sair!)
4)    Uma conhecida deixou a filha no verão, pelada no sol, cheia de protetor solar. Infeccionou tudo, lógico. (SOL = NÃO PODE) A sorte da pequena foi que alguém indicou um remédio milagroso e ela não ficou com nenhuma cicatriz – vou pesquisar o nome do ativo em português e posto comentário aqui quando souber.
Hoje, dia 5, tudo bem, à parte de eu estar me sentindo muito fraca e cansada – tive febre à noite e levantei para trocar o pijama que estava encharcado de suor, e a garganta está inflamada. Mas Luka está bem, ainda muito grudado em mim, mas brincando e pulando contente. Começou a sentir um pouco mais de coceira agora que está catrizando.

E o drama do dia envolve o cachorro, de novo! Luka ficou provocando o Reggie com o rosto bem pertinho do dele, e geralmente o Reg sai de perto, mas hoje ele não se aguentou e deu uma mordida na pálpebra do Luka. Fez um cortezinho e sangrou um pouquinho. Luka ficou chocado e chorou muito. Reggie ficou de castigo o dia inteiro sozinho, até o Ryan chegar em casa e obrigar o Luka a se aproximar do cachorro para superar qualquer medo novo. Ele tem razão, mas eu estava com tanta raiva do Reg que não conseguia nem olhar para ele, muito menos tentar convencer o Luka a fazer as pazes! Mais tarde, quando Luka dormiu no sofá, Reggie foi deitar juntinho dele! Luka está bem, ficou bem inchado na hora mas tá melhor, já até tentou puxar o rabo do Reggie… Ficamos muito surpresos porque o Reggie não morde, nunca mordeu, e o Luka nem estava puxando os pêlos dele naquele momento. Depois fui verificar a vacinação do Reggie e fiquei furiosa com o Ryan ao descobrir que não está em dia! Vacina contra a raiva? Ryan nem sabia de nada! Pesquisei e descobri que a doença foi irradicada na Inglaterra, portanto não se vacina mais. Ufa.

p.s. Reggie é um lindo, pequeno e (aparentemente) inofensivo Westhighland White Terrier (lembra do cachorrinho da IG?) e quando comecei a sair com o Ryan, lá na Espanha, Reggie era dele e tinha 6 meses.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Catapora – dia 3

Muito cedo para comemorar? Não apareceram feridas novas e Luka esteve brincando contente o dia inteiro. E sem coceira. Será que era isso? Ou tenho que esperar o pior ainda?

Aliás, tenho que mencionar aqui como meu filho é um querido: no primeiro dia falamos para ele não coçar porque se não ia ficar maior, e ele entendeu direitinho. Quando sentia irritação, ele apontava para uma ferida, pedia para passar creme de calamina e falava para não coçar porque ia ficar grande! Super disciplinado! Luka é assim mesmo, se eu falar que não pode ir na sacada ele não vai, e se chegar perto da porta, mesmo que eu nem tenha percebido, avisa, “só vou abrir a porta pro Reggie mas não vou sair, tá?” Assim fica um pouco mais fácil ser mãe!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Catapora – dia 2

Ainda não está todo pipocado, o meu pequeno! Surgiram algunas feridas novas atrás da orelha, couro cabeludo e pernas, mas poucas. E o creme de calamina parece estar ajudando muito, visto que ele quase não coça. Ficou meio quentinho o dia todo mas nada demais, continuo dando paracetamol para dor, intercalado com ibuprofeno para febre.


Está cheio de mordomias hoje. Comeu pouco no almoço, e fiquei surpresa que ele comeu todo o brócoli do prato, e um pouco de bife. Mas jantou chocolate. Tentou fazer lanchinhos e tomar leite de tarde, mas acho que tem feridas na boca, porque faz cara feia quando coloca comida. Chocolate não ardeu, né?? Minha sogra veio visitar e trouxe uns presentinhos para dar uma alegrada nele, o que funcionou bem. Lemos o livro Toy Story 3 umas 5 vezes hoje, e Carros mais algumas. Não quer ir para cama, e só hoje, liberei, assitiu televisão até quase 21hrs – Luka tem uma rotina de cama infalível, e adora.

É quase meia-noite e ele está dormindo bem, tremendo um pouco, 38.5 de febre, e não apareceram pintas novas! As de ontem estão secando, e fico tentando me convencer de que era isso e que não vem nada mais, mas outras mães dizem que deve aparecer novas sim, e deve durar mais alguns dias…

Só para acabar o dia em drama, meu marido voltou da academia e esqueceu a porta da casa aberta por umas 2hrs… quando desci, vi a porta e descobri que nosso cachorrinho amado havia sumido. Os prováveis 2 ou 3 minutos que o Ryan saiu na rua correndo para procurá-lo e eu fiquei na janela do quarto olhando pareceram uma enternidade, já estava com lágrimas nos olhos pensando como eu iria contar para o Luka amanhã que o Reggie havia sumido! Mas avistei o peludinho pela janela, chamei e ele voltou. Estava sem colar e de banho tomado, tão branquinho, tão lindinho, sabia que ele não iria fugir, mas fiquei com medo de ser roubado. Meu filhinho, ele também.

(Cansadaaaaaaaa!)

Parto orgásmico???

Alguém sabia disso? Nunca ouvi falar antes… Fiquei chocada ao ler uma matéria hoje que conta que é possível atingir um ou mais orgasmos durante o parto. Como???? Eu sinceramente não vejo condições físicas e psicológicas para tanto. Mas tem mulher jurando que é possível. (Se você é uma delas, parabéns!) Uma das entrevistadas disse estar disposta inclusive a fazer um teste levando um vibrador no dia do parto!!

Diante do meu queixo caío, meu marido pergunta: “mas se vocês mulheres gostam de ter uma coisa grande dentro de vocês, não faz sentido que um bebê grande possa provocar prazer??” (senti uma ponta de inveja na pergunta…!). Bom, a matéria explica que o orgasmo não seria causado pela passagem do bebê e uma pressão no ponto G na saída. Oxitocina, um hormônio liberado pelo corpo durante o orgasmo, também é liberado durante parto e amamentação – por isso as chances de se encontrar posições e/ou momentos apropriados para o prazer – supõe os pesquisadores, já que não existe evidência científica para o fato. Uma mulher diz que beijou o marido durante o parto e aconteceu. Outras dizem estimular o mamilo ou o clitóris. Várias parecem ir ao banheiro para ficarem sozinhas por uns 10 minutos...! hahahahhaaa deveriam colocar algunas revistas eróticas no banheiro, ou uma TV com canal pornô na sala de parto! Ok, novos items para você adicionar à sua lista da mala da maternidade!! (desculpem por eu fazer graça, mas já tendo vivido um trabalho de parto me sinto permitida!) Um educador sexual que viaja o mundo conta que 10% da sua audiência disse ter atingido orgasmo, e outros 30% disse ter sentido prazer erótico durante o parto.

Aqui estão as posições sugeridas para ajudar a provocar um orgasmo:




Para mim, os prazeres da gravidez em termos de contato físico foram sentir o bebê chutando e acariciar a barriga sentindo um amor imenso no coração. Ahhh beleza, vou confessar, aaaaaa-do-rei quando rompeu a bolsa…!! hahahahaa, sério mesmo, eu estava no hospital porque fui induzida, e deitada na cama quando senti tipo uma agulha furando um balão dentro do meu corpo (não doeu nada), e logo começou a sair aquele riiiio de água quentiiiinha… acho que me fez sentir como nos tempos de criança, no inverno do sul, quando fazia xixi quentinho no banho! – não, eu cresci e aprendi a não fazer xixi no banho, mas costumava fazer sempre, e daí?, até a Xuxa já contou que faz xixi no banho! Enfim, começando as contrações, não aconteceu mais nada de prazeroso, sexy ou erótico. A maior satisfação de penetração do trabalho de parto, para mim, foi aquela imensa agulha da peridural bem aplicada na minha coluna. Dormi, e a parteira me acordou para começar a empurrar porque estava com 10cm de dilatação. Final feliz.

p.s Existe um documentário sobre o assunto feito em 2008 “Orgasmic birth: the best kept secret”, tem até um site, e tem um texto traduzido para português www.orgasmicbirth.com. Para quem estuda ter parto alternativo, natural, hipnótico, etc, fica a dica, se você tiver controle emocional e espírito tranquilo para a experiência.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Andador, usar ou não?!

Andei um pouco sumida e agora voltei com força total hehehehe!!!

O assunto andador foi um tema um tanto quanto polêmico aqui na família, na família já estou exagerando, só entre eu e o Márcio kkkkkk!!!

Dizem os especiliastas (pediatras e fisioterapeutas) que não se deve colocar a criança no andador, posto que ela desenvolve problemas motores, do tipo: andar na ponta dos pés, demora no desenvolvimento da caminhada, falta de vontade de engatinhar, pernas tortas, etc...

Mas eu fui contra ao que os especiliastas relatavam, devido ao Pedro estar muito pesado e ficando impaciente de ficar somente no chão, eu com 6 meses comprei um andador e querem saber foi a minha salvação!!!! No começo ele não entendia muito bem, mas depois que pegou o jeito não tinha quem o segurasse, andava para todos os lados e eu que quase não gosto da comodidade ficava sentada e achando o máximo.

O Márcio até então estava gostando da idéia também, devido ao fato do Pedro Filipe não parar de rir e levantar as perninhas quando pegava embalo (claro que depois de um certo tempo), mas quando as críticas começaram a ficar constantes, toda a vez que ele chegava em casa e via o Pedro Filipe no andador eu ouvia reclamações, mas na real fazia ouvido de mercador, afinal era eu quem passava todo o dia com ele mesmo.

O tempo foi passando e ele se desenvolvendo super bem, começou a engatinhar e então passou a dividir os prazeres entre o andador e a gatinhadas, e logo depois quiz começar a andar e veio aquela fase de ficar segurando na mão e sair andado, uma outra fase um tanto quanto dolorida para as costas da mãe.

Enfim, no aniversário de 1 ano ele soltou da mão e foi embora com as próprias pernas heheheheh!!!

No final da história ele andou super bem e não teve nenhum desses reflexos acima narrados.


E você leitora, deixe sua opnião sobre o andador???!!!!

Catapora – dia 1


Luka acordou às 9.30 da manhã hoje, muito anormal. Brincou o resto da manhã e almoçou bem, e depois começou a agir como um bebê, pedindo colo e fazendo manha. Pensei que ele estava apenas entediado de ficar em casa – chove há umas 2 semanas e a escolinha estava fechada semana passada (a cada 3 meses as escolas tem 1 semana de folga). Mas no final da tarde percebi que havia um casal de pintinhas embaixo do pescoço… levantei a camiseta já sabendo que ia ver o que não queria: o resto da familia!

Catapora, ou Varicella (nome do virus) é conhecida como Chickenpox aqui na Inglaterra. Ryan ficou zoando o pobrezinho, falando que ele está se transformando em uma galinha, que quando ele acordar amanhã vai ter penas e no outro dia um bico! Lógico que depois ele desmentiu, mas aposto que o Luka ainda ficou pensando nisso depois!

Então, hoje foi o primeiro dia e eu não estou nada animada com os próximos, já que fui informada de que vai aumentar muuuuito a quantidade de bolinhas… querido, vai ficar com o rostinho lindo todo pipocado… E nada de escolinha essa semana de novo, já que tenho que esperar 5 dias para socializar! Não aguento mais brincar de carrossssssssss!!!!!!!!!!!!!!!

A  varicela começa como uma gripezinha, então vem a febre e as pintinhas. O importante é cuidar da febre (aqui utilizamos paracetamol infantil ou ibuprofeno), e cuidar para a criança não coçar muito as feridas e infeccionar, ou deixar cicatrizes. A dica é manter as unhas bem curtinhas.

Para cuidar da pele, minha sogra indicou e comprei creme de calamina, que é óxido de zinco e de ferro, para secar as feridas. A farmacêutica também me indicou um xarope anti-histaminico, que deixa ele meio sonolento mas alivia a coceira (opa, esse eu gostei!). Na internet, descobri que colocar uma colher de bicarbonato de sódio no banho ajuda a cicatrizar mais rápido. Algumas mães também dizem que Dead Sea Bath Salts (tipo “sais do mar morto”) é milagroso.

Agora esperar para ver o que acontece amanhã. Estou com tanta dó do meu pequeno, de ficar todo pipocado! Pesquisei varicela no google, em imagens, e desisti de jantar. Eeeeeeeeeecaaaaaa! Detalhe: estou sentindo muita coceira na costas e barriga, espero que seja psicológico! – deve ser, porque já peguei a doença quando era criança. O conforto é que dizem que é bom pegar cedo, porque na vida adulta pode ser mais complicado.

sábado, 9 de junho de 2012

Anedota

Hoje levei o Luka brincar num parque perto de casa e encontramos um coleguinha dele no balanço, com a mãe. Começamos a conversar eu e ela, muito simpática, e só depois de uns 5 minutos descobrimos que eles frenquentam a mesma escolinha. Ir ao parque é uma boa idéia para fazer amizades no bairro, já que nos mudamos há 3 meses e não conhecemos ninguém aqui perto, além disso, o parque é perto da escolinha e os frequentadores podem coincidir, como foi o caso do Owen.

Mas não estou escrevendo para contar sobre minhas estratégias para fazer amizades (!) – até porque minha única estratégica é a mais comum do mundo: sair de casa. Quero apenas dividir um pensamento.

Eu estava conversando com a mãe do Owen quando ela comentou algo sobre seu trabalho e eu perguntei, naturalmente, o que ela faz, ela deu uma desconversada e falou “administração”, e como continuei olhando esperando uma resposta mais elaborada ela completou “administro um grupo de vendas”, ou algo assim. Fiquei interessada e (opa, na verdade existe sim estratégias para fazer amigos – fazer muitas perguntas sobre a pessoa, assim você tem noção se têm algo em comum e a pessoa simpatiza com você, porque todo mundo gosta de falar de si mesmo e se sentir interessante!).. enfim, perguntei com que produto trabalhava, e ela ficou sem jeito e respondeu “industria tabageira” e rapidamente foi se desculpando e se explicando “sei que parece horrível, mas o trabalho é bom e eles são muito compreensivos quando as crianças estão doentes ou algo assim…”.
Bom, eu não a julguei por vender tabaco, afinal, é legalizado e ela precisa trabalhar, não é verdade? Mas achei muito estranho o comportamento dela. Fiquei imaginando se recebe diversos olhares desaprovadores quando explica com quê trabalha! Desde quando é vergonhoso trabalhar com tabaco? Vou deixar claro que não fumo, nunca fumei, odeio cigarro e adoraria que fosse extinto do mundo, mas daí a julgá-la por seu emprego, é bem diferente!

Aqui na Inglaterra, as portas estão se fechando cada vez mais aos fumantes. Na verdade, literalmente, as portas estão fechadas, já que em todos os locais públicos é proibido, área de fumante tem que ser externa, e me parece que se estuda proibir que as pessoas fumem andando na rua também – fantástica idéia, odeio respirar a fumaça de quem anda na minha frente, principalmente se o Luka estiver junto. Esses dias percebi que, no supermercado, no local de venda de tabaco, não se vê as embalagens – elas ficam dentro de uma estante branca, com um letreiro pequeno e comum no meio “Aqui se vende tabaco”, e quando alguém quer comprar tem que mostrar a identidade para provar que é maior de idade e então a vendedora abre a estante e retira a caixa solicitada. Dizem que fazem isso para evitar a publicidade das marcas expostas e instigar a vontade, e para que as crianças e adolescentes sejam desestimuladas. Acho justo. Efetivo? Não sei, mas adoraria que o Luka crescesse num mundo sem cigarros, e parece que esse é o rumo que se está tomando (para o bem, ou para o mal = tráfico?). Também gostaria que meu filho crescesse num mundo sem guerras e sem corrupção, sem fome e miséria, sem música pop de péssima qualidade, sem comédias idiotas do Adam Sandler, sem refrigerantes, sem Big Brothers, Fazendas e TOWIEs, sem a Argentina (brincadeirinhaaa)… uma extensa lista… mas de todos o cigarro me parece o mais próximo de se banir oficialmente. Enquanto isso, espero que a coitada da mulher não seja queimada nos fogos do inferno por causa do seu emprego.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Perdendo a paciência

Hoje acordei mal-humorada. Sono interrompido dá nisso. Luka acordou com a corda toda, como todos os dias, querendo brincar com os carros dele – obcecaaaaaaaaado pelos carros do filme da Disney, já tem uns 40 e está ancioso para ganhar mais no seu aniversário, em julho. Então, mas ele não quer brincar sozinho, quer que eu brinque com ele. Explico que tenho que tirar o pijama, lavar o rosto, arrumar os quartos e tomar uma xícara de café antes de começar o dia. Ele entende, espera, mas se demoro muito, sobe para me chamar. Hoje eu estava sem paciência para receber ordem, e acabei me dando mal.

Luka viu uma caixa de sapato dentro do meu armário e pediu para usar para brincar (ele gosta de fazer um buraco no fundo da caixa e colocar a mão dentro, esconder com um papel ou pano, fechar, e pedir para alguém abrir a caixa para assustar). Acontece que semana passada uma prateleira do armário caiu e o marido ainda não teve tempo (=vontade) de arrumar, então eu coloquei umas caixas embaixo para evitar acidentes. Virei as costas e o Luka puxou a caixa. Eu dei um xilique desses fora de proporção, de mulher louca, meio que gritando “eu falei que NÃO, que não era para pegar a caixa blablablá…” e a carinha dele foi ficando triste, me senti mal, baixei o tom da voz e expliquei o motivo. Luka saiu e foi se esconder no quarto dele. Quando perguntei “você está se escondendo da mamãe?” – “sim” – “por quê?”, tive que engolir uma resposta arrasadora: “because you are not nice with me” (porque você não é legal comigo).

Senti muuuuuita culpa por descontar meu mau humor nele, e ele estava triste de verdade… deu uma choradinha de mágoa, e eu enchi de beijos e carinhos e pedi esculpas, expliquei que fiquei assustada porque achei que a prateleira ia cair, e ele me desculpou mas ficou com carinha triste por mais umas 2 horas (na verdade uns 5 minutos no máximo, mas pareceu muito mais!).

Luka ganhou o dia. Pra compensar minha atitude, fui eeextra legal, inventei um monte de brincadeiras e fizemos bandeirinhas para uma festa de mentira. E adorei. Meu dia foi animado e bem-humorado, Luka ficou contente e ainda gosta de mim (!!)… mas não esqueceu da caixa, já contou para o pai dele quando chegou em casa!

Que mania feia de descontar nossos problemas/humor nas pessoas que amamos! Provavelmente vai acontecer de novo, e talvez eu nem perceba se ele ficar triste, mas não quero ser assim!! Meu filhinho está crescendo, ele vai aprendendo comigo, e eu com ele…