quinta-feira, 10 de maio de 2012

Protetora ou independente, que tipo de mãe você é?

Eu acredito que criança precisa de proteção e se sentir segura, e que gosta mesmo (apesar de não parecer) de ter alguém disciplinando. Hoje, com tantos estudos psicológicos apontando os efeitos da criação, especialmente entre 0 e 3 anos, no futuro dos nossos pequenos, algumas de nós acabamos nos sentindo um pouco (ou muito) anciosas em relacão ao que fazemos e à maneira como agimos.

Um exemplo: meu filho, Luka, é bem complicado de alimentar. Já melhorou muito, mas tem dias difíceis. Não é por estar sem fome, é porque quer brincar ou inventa que queria comer outra coisa, enfim, na verdade, fico tentando adivinhar o motivo! Então, dotada de poder maior, uso a arte do suborno: “se você comer essas 3 vagens e mais esses 2 pedaços de bife, você vai poder comer chocolate depois”. 10 em cada 10 vezes, ele aceita. O problema é que eu li em algum lugar que não se deve oferecer doces como forma de prêmio, porque a criança vai fazer a associação e doce será sinonimo de conquista, de satisfação, e quando crescer, vai comer em excesso e pode virar obesa ou ter outros problemas de saúde, como diabete. Socoooorrooooo!!! Pois é, apesar da consciência pesada, continuo com minha artimanha, e que me perdoem e não me julguem as damas de ferro de plantão, mas alegria de mãe é mesmo filho comer bem! Claro que penso se isso realmente terá efeito negativo no futuro, mas acho que ás vezes temos que relaxar e não pensar fundo demais em tudo, não querer ser perfeita o tempo todo. Ou enlouquecemos.
Agora, tem uma questão que deve ser a mais polêmica: se eu proteger demais, meu filho não vai aprender a ser independente?
A questão esteve a ponto de causar briga entre eu e minhas amigas, já que cada uma tem opiniões diferentes. Penso muito sobre isso, e na verdade, não acredito que exista uma resposta universal. Na minha opinião, cada bebê/criança, é unico e deve receber tratamento singular, sem seguir um manual. No caso do meu filho, eu acredito que ele precisa, por causa da personalidade dele, de uma boa medida de proteção. Canceriano, Luka é carinhoso, sentimental, caseiro. Gosta de se sentir amado e seguro. Se eu vou sair de casa e ele começar a chorar, não tem a menor importância esperar outros 5 minutos pra fazer ele se sentir seguro de que eu vou voltar e de que não está sendo abandonado, esperar ele se distrair com a pessoa que ficará tomando conta, e sair mais tranquila. Claro que existe choro-mãnha e choro-desespero, aliás, existem vários tipos de choro, cabe à mãe aprender a identificar cada um (fique tranquila, você vai saber, a maioria por instinto), e então ao choro-mãnha tento ser mais durona (demorei a aprender, confesso). Choro-desespero eu não gosto de ignorar, acabo ficando mais triste depois que sair, ele pode até ficar bem após 5 minutos, mas eu não! Agora... o maior teste é na hora de levar na escolinha. Difícil virar as costas ao choro, mas aí sim, esse é o grande passo em direção à independencia, é importante ser forte e se confortar sabendo que após 5 minutos da sua saída ele vai estar brincando feliz. E criança aprende tudo rápido demais. Se no primeiro dia você dá bola pra choradeira ou leva de volta pra casa, pronto, ele já aprendeu a fazer a chantagem.
O tema da polêmica entre eu e minhas amigas foi sobre viajar e deixar o filho. Luka vai fazer 3 anos em julho e eu nunca viajei sem ele. No máximo fiquei de um almoço de sábado ao de domingo sem vê-lo. Não porque não quis, simplesmente não tive oportunidade, inclusive porque amamentei até os 18 meses. Não porque acho um absurdo ou que mãe que deixa é uma pessima mãe. Mas, realmente, nos 2 primeiros anos, conhecendo o meu filho como eu conheco, sabendo de como é importante pra ele sua rotina e se sentir seguro, eu não viajaria sem ele. Não acho que ele vai ser menos ou mais independente no futuro porque sua mãe está presente todos os dias. Mas com certeza vai se sentir sempre amado e protegido. Também não estou dizendo que filho de mãe que viajou vai se sentir menos amado ou inseguro, como eu disse, cada bebê é diferente, cada caso é um caso. Não estou julgando as outras mães, apenas espero a gentileza de  não ser julgada também por ser ‘grudada demais’!
Agora estou planejando um final de semana extendido, tipo de quinta a domingo, pessoa pequena não-incluída. Estou super tranquila de que ele vai ficar bem com a minha sogra. Quem sabe da próxima vez a viagem pode ser mais longa, uma semana está de bom tamanho!
Enfim, o que quero dizer é que, sim, devemos nos informar sobre estudos do comportamento e sobre como lidar com nossos filhos, devemos tentar aprender sempre, de todas as formas, mas principalmente, devemos gastar a maior parte do tempo tentando conhecer a nossos filhos e a nós mesmas, e criar com o coração. O que serve pra mim, nem sempre serve para você.
p.s Acho que a cunhadi Paola também pode dar sua opinião sobre esse assunto!

Um comentário:

  1. Bom eu penso um pouco diferente da cunhadi Adriana, pois o meu filho Pedro Filipe é muitoooo diferente do primo Luka.
    Então pra mim criança alegria de mãe é o filho dormir bem (hehehehe), sou um pouco mas desencanda com a alimentação, afinal o Pedro a mais novo que o Luka praticamente um ano, então não entende a técnica do suborno e nem o que é chocolate, pra minha sorte.Ele (Pedro) almoça e janta bem, mas não gosta de comer e tomar nada de café além de um copo de suco e entre essas refeições, também não faz nenhum tipo de lanche, somente após o jantar ele tomar uma mamadeira de leite ninho.
    No tocante de viagens tive experiências diversas com ele e sei a consequência de deixar e de levar junto, as experiências foram as seguintes:
    Quanto o Pedro tinha 7 meses fiz uma viagem de 15 dias USA, pois como ele teve muita cólica e quase não dormia estava muito cansada e queria descansar um pouco e passear bastante com o meu marido. Sendo que moramos até nosso apartamento ficar pronto uns 4 meses na casa dos meus pais, ou seja, o Pedro já estava acostumado a ficar com mais pessoas além de mim, era extremamente sociavel. Os 15 dias passaram tanto pra mim como pra ele e quando cheguei em casa, tive a pior recepção da minha vida, aquela pessoinha com 7 meses começou a me ignorar e fingir que não me conhecia, essa atitude me desmoronou, ou seja meu chão abriu e no dia seguinte ele teve a pior virose de todos os tempos e eu queria cuidar dele e ele não queria saber de mim. Prometi a mim mesma que NUNCA mais viajaria sem o Pedro, os dias foram passando e de fato como a pediatra me explicou tudo voltou a ser como era antes.
    Passado-se ums 7 meses, resolvemos visitar a cunhadi Adriana na Inglaterra, já disse de início que ele iria conosco, até porque pensei, não vou ter nenhum tipo de trabalho extra, pois a minha cunhadi já tinha todo uma estrutura em casa para nos receber, inclusive na parte de lazer. Quando anunciavamos para tios e parentes que já tinham filhos que iriamos fazer essa viagem com o Pedro todos eles nos diziam inclusives meus pais que não era para levar, eu NÃO acreditei e BINGO eles estavam certos.
    Chegando lá o Pedro nao entrou no fuso horário e daí o negócio complicou, os meus dias e noites passaram a ser mais desgatantes e eu não via a hora de voltar pro Brasil. O Luka, já tinha um rotina invejável a qualquer mãe, se uma mãe sonha com rotinha converse com a cunhadi Adriana que não vai se arrepender. Da Inglaterra seguimos para a Espanha, nisso nos acompanhou ou melhor acompanhou o Pedro uma belíssima gripe, aí sim eu queria voltar a nado pro Brasil, entrei em pânico, como iria ao médico, como iria dar remédios e assim sucessivamente, nossa sorte é que estavamos na casa de amigos espanhois que puderam nos dar auxílio, mas mesmo assim ficava pensando, será que o médico vai dar um remédio certo e mil dúvidas passaram pela minha cabeça. Mas também não posso deixar de contar os passeios que fizemos com ele foram perfeitos, que exitem vários lugares para as crianças brincarem e aproveitarem e que o Pedro brincou muito e os dias eram proveitosos.
    Quando voltei prometi a mim mesma que NUNCA mais viajaria para fora do Brasil com o Pedro Filipe, e esse ainda continua sendo o meu pensamento.
    Faço várias viagens onde deixo ele e, fico com o coração partido, mas quem sai da rotina e ainda não aproveita é ele. Mas o nosso tempo (meu e dele) é de 4 dias separados, esse é o tempo que ele está acostumado a passar na fazenda com os meus pais, então ele nao sente falta, mais doque isso, nada feito.
    Nossa próxima viagem será semana que vem 10 dias em Porto Alegre, em casa de parente com direito a babá 24hs, assim todos nós aproveitamos.
    A insegurança não advem de viagens, isso posso garantiar a todas leitoras.

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